No Algarve, Há Festa na Aldeia para celebrar o melhor da região. Primeira paragem: Paderne

“Não é uma lógica como a de outras iniciativas, que procuram tornar turísticas as aldeias”, é “uma celebração do que é que é o estilo de vida de uma aldeia, o que é viver numa aldeia”, com o que esta tem de melhor. Este fim-de-semana, Paderne estreia a iniciativa no Algarve. Dois dias de festa da cultura e do património, da natureza, da gastronomia e dos produtos da terra, por entre bailes e poesia.

passeios,albufeira,fugas,patrimonio,algarve,turismo,
Fotogaleria
No Castelo de Paderne,No Castelo de Paderne DUARTE DRAGO,DUARTE DRAGO
passeios,albufeira,fugas,patrimonio,algarve,turismo,
Fotogaleria
Vistas do Castelo de Paderne DUARTE DRAGO
passeios,albufeira,fugas,patrimonio,algarve,turismo,
Fotogaleria
Aldeia de Paderne DUARTE DRAGO
Casa
Fotogaleria
Aldeia de Paderne DUARTE DRAGO
Fotogaleria
Proposta: ir descobrir Paderne DUARTE DRAGO

A aldeia de Paderne, em Albufeira, vai ser a primeira localidade do Algarve a acolher a iniciativa Há Festa na Aldeia, que apoia a comunidade local a valorizar o seu património, cultura, gastronomia ou produtos endógenos, disse a organização.

Ao longo de dois dias, no sábado e domingo, haverá iniciativas culturais, musicais e gastronómicas, sendo Paderne a primeira aldeia do distrito de Faro a acolher a iniciativa, criada há 10 anos no Norte pela Associação de Turismo de Aldeia, explicou o presidente da Associação In Loco, que aceitou o desafio de alargar esta acção comunitária ao sul do país.

“Não é uma lógica como a de outras iniciativas, que procuram tornar turísticas as aldeias, mas sim uma forma de a comunidade oferecer a sua forma de vida, as suas experiências, o seu saber, a sua gastronomia, como produto e forma de atrair visitantes, mas valorizando o que cada aldeia considera ter de mais importante”, afirmou Artur Gregório à Lusa.

Marionetas, tertúlias de poetas, provas gastronómicas, teatro com vertente humorística itinerante, ranchos folclóricos, paradas circenses, espectáculos de fogo, bailes são algumas das actividades que podem ser vividas pelos visitantes durante os dois dias do evento, indicou.

O presidente daquela associação de desenvolvimento local explicou que a Associação de Turismo de Aldeia conta já com “mais de 60 aldeias de norte a sul do país” e foi com “prazer” que a In Loco integrou a parceria, porque “efectivamente ela cumpre todos os objectivos de desenvolvimento local sustentado para os quais a associação trabalha” há mais de 30 anos, desde 1988.

A iniciativa está, assim, “em linha com todo o trabalho” que está a ser feito pela In Loco no interior do Algarve “na salvaguarda e valorização do património, dos recursos locais, dos produtos, das comunidades e das tradições”, permitindo que “as próprias associações, organizações e entidades locais se organizem e cooperem para as mostrar ao exterior”, assinalou.

“O Há Festa na Aldeia tem tido sucesso muito grande em aldeias no norte antes da pandemia, voltou a ter agora quando retomámos a actividades após a pandemia, é um produto muito emblemático e muito mobilizador, e nas quatro aldeias que estamos a dinamizar aqui no Algarve - Alte, Paderne, Cachopo e na serra de São Brás [de Alportel] - foi a Paderne que coube fazer o produto”, referiu.

A In Loco conta com a parceria da Câmara de Albufeira, da Junta de Freguesia de Paderne e das associações locais, “que escolheram uma outra actividade que já existia, a Mostra dos Frutos Secos como uma base, para depois ser coberta com o manto do Há Festa na Aldeia e ser dada uma outra projecção e uma forma refrescada de apresentar a aldeia”, acrescentou.

“Durante estes dois dias vamos ter uma mostra do que é a riqueza, a diversidade de cultura, do património, do ambiente e das comunidades da aldeia, no fundo, uma celebração do que é que é o estilo de vida de uma aldeia, o que é viver numa aldeia, de partilharmos as tradições, o conhecimento e a vivência da aldeia”, antecipou.

Artur Gregório disse que os visitantes vão poder “fazer parte deste estilo de vida e perceber como viver numa aldeia é claramente uma forma diferente de ser e de estar” e “é algo que se deve manter e preservar com orgulho”.

“As aldeias não são fechadas, são abertas, o que queremos é que as pessoas de fora percebam a riqueza que as aldeias ainda têm e como podem ser destinos de visita, de passeio e até de residência e regresso ao mundo tradicional”, concluiu.

Programa completo e mais informações no site oficial.