Ex-procurador de Trump diz não haver “razão legítima” para que documentos tenham sido levados para a Florida
William Barr afirmou, em entrevista à Fox News, que não acredita que Trump tenha levantado o sigilo de todos os documentos que levou para Mar-a-Lago e que fazê-lo seria imprudente.
O ex-procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, disse não encontrar uma “razão legítima” para que documentos confidenciais tenham sido levados pelo ex-Presidente Donald Trump para a sua residência privada em Mar-a-Lago, na Florida.
“Não consigo pensar numa razão legítima que justifique que [os documentos] possam ter sido levados para longe da Administração se são confidenciais”, afirmou Barr numa entrevista à Fox News emitida na sexta-feira à noite. “Francamente, estou céptico em relação à afirmação de que [Trump] levantou o sigilo a tudo”, acrescentou o antigo procurador nomeado pelo ex-Presidente.
Para além de considerar improvável que Trump tenha desclassificado os documentos, Barr disse que seria imprudente fazê-lo sem que se soubesse o seu conteúdo total. “Seria um grande abuso e mostra a sua imprudência, é quase pior do que ficar com os documentos”, declarou.
Barr também rejeitou as críticas acerca da condução das buscas pelo FBI na propriedade de Mar-a-Lago por serem consideradas “sem precedentes”.
“Penso que a motivação para tudo isto desde o início foi [a existência] de grandes quantidades de informação confidencial deixadas em Mar-a-Lago. As pessoas dizem que [as buscas] foram algo sem precedentes: bem, também não há precedentes para um Presidente levar consigo toda esta informação confidencial e deixá-la no clube de campo”, disse o ex-procurador.
Sobre a exigência de Trump para que seja nomeado um procurador independente para inspeccionar os documentos encontrados durante as buscas do FBI, Barr disse ser uma “perda de tempo”.