“Efeito Neemias” sentiu-se em Odivelas

O primeiro jogo de Neemias Queta pela selecção nacional em Portugal teve direito a pavilhão cheio, em Odivelas, e a equipa portuguesa, com o craque da NBA em destaque, respondeu a preceito.

Neemias em acção em Odivelas
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Neemias em acção em Odivelas FIBA
O pavilhão de Odivelas cheio para ver Portugal
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O pavilhão de Odivelas cheio para ver Portugal FIBA
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Neemias Queta pela primeira vez a jogar pela selecção em Portugal FIBA
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Os jogadores de Portugal nesta partida FIBA

Filas à porta, pavilhão cheio, pessoas na rua sem bilhete, ambiente de entusiasmo, 17 pontos, 13 ressaltos e vitória de Portugal. Em suma, foi este o “efeito Neemias” naquele que foi o primeiro jogo do jogador da NBA pela selecção nacional em território português.

Para esta estreia de Neemias Queta a jogar em Portugal pela selecção não coube nem mais uma pessoa no pavilhão de Odivelas e a equipa portuguesa respondeu a preceito. Na ronda preliminar de pré-qualificação para o Europeu 2025, Portugal bateu o Chipre (102-69), somando a segunda vitória em dois jogos no grupo F.

A equipa portuguesa está na liderança do grupo, posição partilhada com a Bulgária que terá de manter para evitar uma nova fase de pré-qualificação. Essa posição será, em teoria, disputada com os búlgaros, selecção que Portugal ainda não defrontou – fá-lo-á em Novembro e em Fevereiro, jornadas nas quais não é provável que Portugal conte com Neemias, na altura já em compromissos na NBA.

Em Odivelas, Portugal esteve quase sempre com liderança confortável, exceptuando uns minutos a meio da primeira parte, e o triunfo surgiu de forma natural. O menor nível físico de alguns jogadores de Chipre, conjugado com um mau trabalho defensivo global da equipa na defesa do perímetro, permitiu a Portugal explorar insistentemente bloqueios directos e indirectos para libertar atiradores desenhos clássicos, mas que os cipriotas raramente conseguiram contrapor.

Tendo, depois, Neemias em campo (uma presença física em zonas interiores quase inédita em selecções nacionais), Portugal conseguia criar situações em que colocava a bola dentro quando os cipriotas, “escaldados” pelos triplos que iam sofrendo, eram seduzidos a tapar os atiradores. Em suma, quando não “chovia” de um lado, “chovia” do outro.

A equipa portuguesa pareceu sempre bastante “orgânica”, já que foram raros os lances de isolamentos de um contra um puro para Travante ou Neemias, as duas estrelas recém-chegadas à equipa o primeiro a oferecer talento ofensivo, o segundo a dar presença interior e protecção ao cesto, algo bem claro na diferença tremenda no número de ressaltos entre Portugal e Chipre (46 contra 24).

A cada afundanço de Queta havia festa rija nas bancadas e o poste dos Sacramento Kings foi somando estatísticas. Terminou a partida com 17 pontos, 13 ressaltos, um roubo de bola e um desarme, tendo honras de MVP da partida.

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