EasyJet reduz voos em Lisboa e Porto devido à greve na Portway de 26 a 28 de Agosto

Sindicato convocou uma greve na Portway, empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, com início às 00h00 de sexta-feira e fim às 24h00 de domingo.

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A companhia aérea informou que “os clientes com voos afectados serão contactados directamente via SMS e e-mail Rui Gaudencio

A EasyJet resolveu avançar com o cancelamento prévio de alguns voos em Lisboa e Porto devido à greve marcada por um dos sindicatos que representam os trabalhadores da Portway, segundo um comunicado hoje divulgado pela transportadora.

“A EasyJet está a acompanhar o pré-aviso de greve entregue pelo nosso parceiro de ‘handling’ [Portway] em Portugal com impacto em Lisboa, Porto, Faro e Funchal entre os dias 26 de Agosto, sexta-feira, e 28 de Agosto, domingo. Como em todas as companhias aéreas que operam de e para Portugal, infelizmente, a greve terá também impacto na nossa operação, pelo que decidimos cancelar previamente alguns voos em Lisboa e no Porto”, destacou, na mesma nota.

A companhia aérea informou que “os clientes com voos afectados serão contactados directamente via SMS e e-mail, através dos detalhes fornecidos no momento da reserva e, posteriormente, terão a opção de remarcar a viagem de forma gratuita ou receber um reembolso da mesma”.

A EasyJet aconselhou “todos os passageiros com viagens marcadas de e para Portugal na sexta, sábado e domingo (26, 27 e 28 de Agosto) a consultar o estado dos seus voos em easyjet.com Flight Tracker para actualizações em tempo real”. De acordo com a transportadora, “para apoiar os passageiros EasyJet, a linha de apoio aos clientes portugueses foi prolongada durante o fim-de-semana e estará aberta das 09h00 às 17h00, hora local, no sábado, 27, e domingo, 28 de Agosto”.

Além disso, “os quartos de hotel também foram assegurados pela EasyJet em Lisboa e no Porto e serão acessíveis pelo sistema de gestão de auto-ferramentas para clientes cujos voos sofreram perturbações”, indicou. “Embora esta situação esteja fora do nosso controlo, gostaríamos de pedir desculpa aos nossos clientes por qualquer inconveniente causado e de lhes assegurar que estamos a fazer todos os possíveis para minimizar qualquer perturbação em resultado da acção industrial”, afirmou José Lopes, country manager da EasyJet Portugal, citado na mesma nota.

A ANA - Aeroportos de Portugal e a Portway alertaram para possíveis perturbações em 22 companhias aéreas que operam nos aeroportos nacionais, devido à greve na empresa de ‘handling’. Numa nota divulgada nos seus sites a gestora dos aeroportos nacionais, detida pela Vinci, e a empresa de assistência em terra, do mesmo grupo, publicaram uma lista de “companhias aéreas cujos voos poderão ser afectados pela greve convocada por um sindicato” na empresa de assistência em terra.

As companhias em causa são a Aegean, Air Canada, Air Transat, American Airlines, Blue Air, Brussels, Cabo Verde Airlines, easyJet, Euroatlantic, European Air Transport, Eurowings, Finnair, Flyone, Latam, Luxair, Swiftair, Transavia, Transavia France, Tunisair, Turkish Airlines, Volotea e Wizzair. Estas empresas recorrem aos serviços da Portway, sendo que existe outra empresa de ‘handling’ em Portugal, a Groundforce.

Numa nota, a ANA pediu aos passageiros que tenham voos destas companhias que “confirmem o estado do seu voo junto da respectiva companhia aérea, antes de se deslocarem para o aeroporto”. A ANA está “a trabalhar em conjunto com os seus parceiros para minimizar os eventuais constrangimentos para os passageiros e para a operação aeroportuária”, sublinhou.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) convocou uma greve na empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, com início às 00h00 de sexta-feira e fim às 24h00 de domingo, contra a política de “confronto e desvalorização dos trabalhadores por via de consecutivos incumprimentos do Acordo de Empresa, confrontação disciplinar, ausência de actualizações salariais, deturpação das avaliações de desempenho que evitam as progressões salariais e má-fé nas negociações”, indicou em comunicado.