Alterações climáticas
Enquanto parte do mundo arde, outra inunda: as várias faces das alterações climáticas
É um novo recorde na União Europeia: já arderam, desde Janeiro, 660 mil hectares florestais. Portugal é o terceiro país mais afectado, sendo Espanha, que este ano enfrentou várias ondas de calor e seca, o que regista piores números. O segundo é a Roménia.
Em França, registou-se a seca mais severa em 64 anos e uma onda de calor que levou os termómetros acima dos 40 graus. O que deu origem a incêndios nunca antes vistos em várias zonas do país, como Gironda. Em oposição, nos últimos dias aconteceram tempestades em Paris e Marselha, por exemplo, com ventos acima dos 100 quilómetros por hora, que causaram destruição. O mesmo aconteceu no Reino Unido, que depois de um Verão excepcionalmente quente, viu Londres inundar.
São fenómenos atmosféricos extremos, registados por todo o mundo, que mostram as consequências da crise climática. E de acordo com um estudo da Agência Europeia do Ambiente, que diz que Portugal é um dos países europeus mais afectado por eventos extremos nos últimos 40 anos em termos de mortes prematuras e eventos extremos, o futuro é ainda mais preocupante: "Meias medidas já não são uma opção", alertou Hoesung Lee, presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas em Fevereiro último. Estas imagens mostram-no.