A “maior FATACIL de sempre”: concertos, cavalos, gastronomia e... gaming chamam-nos a Lagoa

Artesanato, turismo, agricultura e indústria são as âncoras da “maior feira do Algarve”, mas já faz concorrência aos festivais: são dezenas de espectáculos, entre Resistência, Expensive Soul, Plutónio, Bárbara Bandeira, João Pedro Pais, Fernando Daniel, Quim Barreiros, Tony Carreira ou Gipsy Kings. E não faltam “youtubers e influencers” dos jogos. Com mais de 700 expositores, esperam-se à volta de 200 mil visitantes. De 19 a 28 de Agosto.

Foto
A Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa realiza-se desde 1980 CM Lagoa/ João MATOS

A FATACIL regressa esta semana apostando na animação musical, no sector equestre ou nos vinhos e gastronomia para superar os 196.800 visitantes de 2019, diz o presidente da Câmara de Lagoa.

A feira “bateu todos os recordes em 2019”, quer de visitantes, quer de receitas, quer ainda de número de acessos num dia, afirmou à Lusa Luís Encarnação, salientando que a organização, a cargo do município algarvio, “tem as expectativas altas” e “trabalha para melhorar sempre os registos da edição anterior”.

O evento, de 19 a 28 de Agosto, tem um carácter “generalista” e “virado para as famílias”, contando com “cerca de 700 expositores”, um novo palco junto ao renovado “stand” do município e um recinto com uma área de 10.000 metros quadrados, que permitirá aumentar de 20 mil para 28 mil a lotação, destacou o autarca de Lagoa.

“Vamos continuar a ter um excelente cartaz musical, que no fundo é uma importante âncora da feira”, assinalou o presidente da autarquia, referindo-se a artistas como Expensive Soul, João Pedro Pais, Resistência, Quim Barreiros, Fernando Daniel ou Tony Carreira.

Luís Encarnação frisou ainda que, no “sector equestre”, vai haver um “show polaco” que permitirá “manter a tradição de ter sempre uma estreia em solo nacional” e uma “forte aposta no sector equestre”, que classificou como “outra âncora muito importante da FATACIL”.

Foto
FATACIL é "passaporte" para Lagoa e para o Algarve CM Lagoa/João Matos
Foto
Fatacil Live CM Lagoa

“Vamos continuar a apostar na gastronomia e nos vinhos, vamos ter - e isso sim, será uma novidade - um novo stand do município, naquela zona de lounge, onde vamos ter uma nova área, com design novo, mas com o mesmo propósito de continuarmos a promover os vinhos de Lagoa e do Algarve”, adiantou.

Outra novidade passa pela criação do “palco 2, o palco Lagoa, sempre com artistas locais”, que vão substituir os “apontamentos diários do rancho folclórico” que aconteceram em edições anteriores, “antes do espectáculo principal”, acrescentou.

O presidente do município do distrito de Faro referiu também que “a animação de rua vai continuar” e haverá “um aumento considerável dos expositores de artesanato”, assim como “um aumento significativo das máquinas industriais e dos automóveis, que é um sector também muito importante” na FATACIL.

O autarca deixou uma mensagem aos interessados em visitar a FATACIL para que, “por questões de comodidade, adquiram os bilhetes pelos meios online, se puderem”, porque permitem um “acesso fácil” e “chegar a qualquer porta e aceder ao recinto da feira”, a partir de um dos 11 parques de estacionamento disponíveis, sublinhou.

“As expectativas são elevadas, o nosso objectivo – e é lema das nossas equipas que organizam a FATACIL é fazer sempre a melhor FATACIL de sempre”, definiu ainda o autarca, que disse quer “melhorar os números de 2019”, ano em que “foram batidos todos os recordes”.

Foto
O recinto em 2022: da lotação anterior de 20 mil passa para 28 mil pessoas por dia CM Lagoa

“Ficámos muito perto dos 200.000 visitantes, foram 196.800, tivemos a maior receita de bilheteira de sempre, que ultrapassou o meio milhão de euros, e tivemos o dia com a maior enchente de pessoas. Fomos sempre batendo recordes sucessivos e a nossa expectativa é que nesta edição de 2022 possamos ultrapassar esse sucesso enorme que foi a FATACIL de 2019”, quantificou.

Luís Encarnação reconheceu que “não vai ser fácil”, mas reiterou que a feira “procura estar sempre em crescendo” para “continuar a levar o nome de Lagoa, o nome do Algarve, por todo o país e pelo estrangeiro”.

Questionado sobre o investimento necessário para organizar uma feira de 10 dias, Luís Encarnação respondeu que a “FATACIL não foi pensada para dar lucro”, traz “dinamização à economia do concelho” e, na última edição, teve um “custo para o município de 200.000 euros”, depois de um investimento total de um milhão de euros e receitas que chegaram aos 80.000 euros.

Foto
A área de gaming CM Lagoa/ joão matos