Câmara de Lisboa aprova nova administração das empresas EMEL e EGEAC
O ex-deputado do PSD Carlos Silva e o gestor cultural Pedro Moreira são as novas caras da EMEL e da EGEAC, respectivamente.
A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira a eleição dos novos conselhos de administração das empresas municipais EMEL e EGEAC, apresentando como presidentes o ex-deputado do PSD Carlos Silva e o gestor cultural Pedro Moreira, respectivamente.
As propostas foram aprovadas em reunião pública do executivo camarário, por escrutínio secreto, tendo o nome de Carlos Silva para presidência do conselho de administração da EMEL sido viabilizado com sete votos a favor, cinco contra e cinco abstenções, e de Pedro Moreira para a EGEAC ter reunido sete votos a favor, três contra e sete abstenções.
A votação das propostas serve para mandatar os vereadores com os pelouros da Mobilidade e da Cultura como representantes do município de Lisboa “para votar favoravelmente” os nomes sugeridos pelo executivo camarário para a EMEL e para a EGEAC, respectivamente, porque a eleição dos membros dos conselhos de administração compete à assembleia geral das empresas municipais.
A eleição de novos conselhos de administração das empresas municipais de Lisboa está relacionada com o novo mandato autárquico, processo que só falta acontecer na Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) e na Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).
O actual executivo camarário, sob a presidência de Carlos Moedas (PSD), que tomou posse em 18 de Outubro de 2021 e que governa Lisboa sem maioria absoluta, já procedeu à eleição de novos conselhos de administração para três das cinco empresas municipais, nomeadamente Carris, Lisboa Ocidental SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana, e Gebalis - Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa.
Relativamente à EMEL, a proposta foi do vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira (PSD), que sugeriu o nome de Carlos Silva, licenciado em gestão de empresas e ex-deputado do PSD na Assembleia da República, para o cargo de presidente do novo conselho de administração.
A proposta inclui ainda a eleição de Francisca Ramalhosa, actual vogal não remunerada da empresa e actual directora municipal da Mobilidade, para vogal remunerada, e de Ana Raimundo, licenciada em gestão de recursos humanos, para o cargo de vogal não remunerada, nomes que também foram aprovados após escrutínio secreto.
“Com o novo mandato autárquico torna-se necessário proceder à eleição dos membros do Conselho de Administração e da Assembleia Geral da EMEL”, lê-se na proposta a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira.
Apesar disso, o actual presidente do Conselho de Administração da EMEL, Luís Natal Marques, e o vogal Nuno Pina renunciaram na semana passada aos cargos “por novos desafios profissionais”, decisão que já foi aceite pelo presidente da Câmara de Lisboa, anunciou a empresa municipal.
Em relação à EGEAC, o vereador da Cultura, Diogo Moura (CDS-PP), indicou o nome de Pedro Moreira, director de operações do Museu do Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda - Turismo de Lisboa, para presidente do novo conselho de administração, substituindo Joana Gomes Cardoso, que ocupa o cargo desde 2015, e de Susana Graça para vogal remunerada e Manuel Falcão para vogal não remunerado. Pedro Moreira já foi director de Desenvolvimento e Gestão Cultural da EGEAC.
Ambas as propostas para novos conselhos de administração da EMEL e da EGEAC são subscritas pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro das Finanças.