PIB dos EUA cai pelo segundo trimestre consecutivo

Depois de um recuo de 1,6% entre Janeiro e Março, Produto Interno Bruto dos EUA voltou a sofrer uma contração entre Abril e Junho deste ano.

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Reuters/JONATHAN ERNST

A economia dos Estados Unidos recuou 0,9% entre Abril e Junho, em ritmo anualizado, registando uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) pelo segundo trimestre consecutivo, indicou esta quinta-feira o Departamento do Comércio do país.

No primeiro trimestre, o PIB norte-americano tinha registado uma contracção de 1,6%, de acordo com os dados divulgados.

Os economistas inquiridos pela Reuters tinham previsto uma recuperação do PIB a uma taxa de 0,5%, com as estimativas a abarcar desde uma taxa de contracção de 2,1% até um ritmo de crescimento de 2,0% para o período em análise.

Estes dados indicam que a primeira economia mundial estaria a entrar em recessão técnica, que é definida por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, mas esse cenário tem sido afastado pela administração norte-americana e por vários economistas, que consideram que a economia não está necessariamente em recessão devido a outros indicadores mais favoráveis, recorda a Lusa.

O National Bureau of Economic Research, o árbitro oficial das recessões nos Estados Unidos, contextualiza a Reuters, define uma recessão como “um declínio significativo da actividade económica” na sua plena extensão “com duração superior a alguns meses, normalmente visível na produção, emprego, rendimento real, e outros indicadores”.

A agência noticiosa recorda que o crescimento médio do emprego foi de 456.700 por mês na primeira metade do ano, o que está a gerar fortes ganhos salariais. Mas, ainda assim, os riscos de um abrandamento aumentaram. A construção e venda de casas enfraqueceram, enquanto o sentimento económico e e a confiança dos consumidores abrandou nos últimos meses.

Ontem, a Reserva Federal voltou ontem a subir a taxa de juro de referência para os EUA, em 0,75 pontos percentuais, a terceira subida consecutiva em três meses.

Um dia antes, o FMI, na actualização do relatório World Economic Outlook que tinha sido apresentado em Abril, cortou o crescimento mundial, para 3,2% em 2022 e de 2,9% em 2023.

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