É um projecto de 500 mil milhões de dólares e deverá albergar nove milhões de pessoas. O NEOM, uma zona económica (ou cidade) que deverá nascer na Arábia Saudita, foi anunciado em 2017, como parte de um programa de reformas para 2030 (cujo objectivo é diversificar a economia do país além do petróleo) e deverá ter como ponto chave o projecto The Line, com capacidade para alojar 450 mil pessoas em 2026; entre 1,5 e dois milhões em 2030; e, em 2045, nove milhões. 

O príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, acredita que este é um projecto central para os objectivos ambiciosos de crescimento populacional da Arábia Saudita, bem como para a sua capacidade de competir globalmente.

O The Line deverá consistir numa série de "módulos" com 200 metros de largura, que poderão ser utilizados para diferentes propósitos urbanos, ensanduichados entre dois edifícios com 500 metros de altura e fachadas exteriores de 170 quilómetros, todas envidraçadas, que cortam o deserto e as montanhas. Está prevista a existência de caminhos suspensos, jardins, um estádio e um comboio de alta velocidade que deverá passar por baixo dos edifícios e demorar 20 minutos a percorrer toda a zona da cidade. 

Desenhada para depender 100% de energia renovável, o design relativamente compacto pretende diminuir o desperdício e minimizar o impacto ambiental. A sua localização tem as condições perfeitas para aproveitar a energia solar e eólica, afirma o príncipe. A Arábia Saudita, maior exportadora de crude, pretende atingir a neutralidade carbónica em 2060. 

"Já que estamos a criá-la do nada, porque haveríamos de copiar as cidades normais?", questiona Mohammed bin Salman. "Acredito que este vai ser o melhor sítio para viver, de longe, em todo o planeta."