Câmara de Lisboa discute nomes de Pedro Moreira na presidência da EGEAC e Carlos Silva na EMEL

Gestor cultural é o actual director-executivo do novo Museu do Tesouro Real.

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Edifício da Câmara Municial de Lisboa Daniel Rocha

A Câmara de Lisboa vai discutir em reunião de executivo na próxima semana a eleição dos novos conselhos de administração das empresas municipais EGEAC e EMEL, propondo como presidentes o gestor cultural Pedro Moreira e o ex-deputado do PSD Carlos Silva, respectivamente.

Em relação à EGEAC, que gere os equipamentos culturais da cidade, a proposta do vereador da Cultura, Diogo Moura (CDS-PP), apresenta para presidente do novo conselho de administração o nome de Pedro Moreira, actual director-executivo do Museu do Tesouro Real, o novo museu dedicado às jóias reais inaugurado a 1 de Junho no Palácio da Ajuda, gerido através de uma parceira entre o Ministério da Cultura, através da DGPC, a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação do Turismo de Lisboa (ATL). Pedro Moreira foi responsável pelo acompanhamento da obra a cargo da ATL que rematou a ala poente do Palácio da Ajuda, num investimento total de mais de 31 milhões de euros. O gestor cultural já foi director de programação em espaço público da EGEAC, de iniciativas como as Festas de Lisboa.

​Pedro Moreira substitui no cargo Joana Gomes Cardoso que ocupa o cargo desde 2015. O vereador da Cultura propõe igualmente Susana Graça para vogal remunerada e Manuel Falcão para vogal não remunerado.

​Relativamente à EMEL, a proposta do vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira (PSD), sugere o nome de Carlos Silva, licenciado em gestão de empresas e ex-deputado do PSD na Assembleia da República, para o cargo de presidente do novo conselho de administração, a eleição de Francisca Ramalhosa, actual vogal não remunerada da empresa e actual directora municipal da Mobilidade, para vogal remunerada, e de Ana Raimundo, licenciada em gestão de recursos humanos, para o cargo de vogal não remunerada.

A eleição de novos conselhos de administração das empresas municipais de Lisboa está relacionada com o novo mandato autárquico, processo que só falta acontecer na Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) e na Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), com propostas que serão discutidas e votadas em reunião da câmara.

O actual executivo camarário, sob a presidência de Carlos Moedas (PSD), que tomou posse em 18 de Outubro de 2021 e que governa Lisboa sem maioria absoluta, já procedeu à eleição de novos conselhos de administração para três das cinco empresas municipais, nomeadamente Carris, Lisboa Ocidental SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana, e Gebalis - Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa.

“Com o novo mandato autárquico torna-se necessário proceder à eleição dos membros do Conselho de Administração e da Assembleia Geral da EMEL”, lê-se na proposta a que a Lusa teve hoje acesso.

O actual presidente do Conselho de Administração da EMEL, Luís Natal Marques, e o vogal Nuno Pina renunciaram aos cargos “por novos desafios profissionais”, decisão que já foi aceite pelo presidente da Câmara de Lisboa, anunciou hoje a empresa municipal.

“A renúncia aos cargos, a pedido dos próprios no passado mês de Junho, foi aceite pelo presidente da autarquia e torna-se efectiva a partir da tomada de posse do novo Conselho de Administração ou a partir de 1 Agosto, de acordo com a lei”, informou a EMEL, em comunicado.

Ambas as propostas para novos conselhos de administração da EMEL e da EGEAC são subscritas pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro das Finanças.

A votação das propostas serve para mandatar os vereadores com os pelouros da Mobilidade e da Cultura como representantes do município de Lisboa “para votar favoravelmente” os nomes sugeridos pelo executivo camarário para a EMEL e para a EGEAC, respectivamente, porque a eleição dos membros dos conselhos de administração compete à assembleia geral das empresas municipais.