Obras da linha circular do Metro de Lisboa cortam parte da Av. 24 de Julho a partir de quarta-feira

Troço entre a Av. D. Carlos I e a Rua Boqueirão do Duro estará cortado durante nove meses. Alterações à circulação arrancam já esta quarta-feira, 13 de Julho.

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Troço estará cortado por nove meses Daniel Rocha/Arroios

Com o arranque das obras da polémica linha circular no percurso que ligará a futura estação de Santos ao Cais do Sodré, estão previstas várias alterações na circulação na Avenida 24 de Julho e na Avenida D. Carlos I ao longo dos próximos dois anos. E começam já esta quarta-feira, 13 de Julho, no troço compreendido entre a Av. D. Carlos I e a Rua Boqueirão do Duro.

De acordo com a informação divulgada pelo Metropolitano de Lisboa esta segunda-feira, os veículos que circulem na Avenida 24 de Julho em direcção ao Cais do Sodré serão desviados para a Avenida D. Carlos I, Rua D. Luís I e Boqueirão do Duro, retomando a circulação na Avenida 24 de Julho, no mesmo sentido (Cais do Sodré).

Já os veículos que circulem na Avenida 24 de Julho em direcção a Alcântara serão desviados para a Rua do Instituto Industrial, Rua da Boavista e Avenida D. Carlos I, retomando a circulação na Avenida 24 de Julho.

Estas alterações na circulação vão manter-se pelo menos por nove meses, até Abril 2023. Além de impactos no trânsito automóvel, também a ciclovia da avenida terá de ser alterada. O Metro diz que “serão mantidos percursos alternativos devidamente sinalizados que irão contornar as áreas afectas aos trabalhos de construção”. A circulação dos eléctricos da Carris não será afectada por agora, embora estejam previstos impactos para uma fase mais adiantada da obra.

Serão também condicionados alguns lugares de estacionamento, estando prevista “a criação de zonas de estacionamento exclusivas a residentes”, diz o Metro de Lisboa.

A empresa de transportes deixa ainda alguns percursos alternativos, de modo a evitar a zona de obras, embora impliquem que se percorram muitos mais quilómetros dentro da cidade:

  1. Eixo Alcântara / Santa Apolónia (e vice-versa): Av. Ceuta - Av. Calouste Gulbenkian - Av. Berna - Av. João XXI - Av. Afonso Costa - Rotunda das Olaias - Av. Marechal Francisco da Costa Gomes – Praça Paiva Couceiro – Av. Mouzinho de Albuquerque
  2. Eixo Infante Santo / Santa Apolónia (e vice-versa): Av. Infante Santo - Rua da Estrela - Rua de São Jorge - Av. Álvares Cabral - Largo do Rato - Rua Alexandre Herculano - Rua do Conde Redondo - Rua Joaquim Bonifácio - Rua Jacinta Marto - Largo de Santa Bárbara - Rua Febo Moniz - Av. Almirante Reis - Praça do Chile - Rua Morais Soares - Praça Paiva Couceiro – Av. Mouzinho de Albuquerque
  3. Eixo Infante Santo / Cais Sodré (e vice-versa): Av. Infante Santo - Estrela - Calçada da Estrela - Rua Poiais de São Bento - Calçada do Combro - Largo Luís de Camões - Rua do Alecrim - Cais do Sodré.

A linha circular do metropolitano, que criará um anel circular no centro da cidade, tem data prevista de conclusão para 2024. Na prática, os trabalhos que estão a ser feitos desde o ano passado visam a construção de cerca de dois quilómetros de nova linha entre o Rato e o Cais do Sodré, passando pela Estrela e por Santos. Esse pequeno troço custará 240,2 milhões de euros (137,2 milhões via Fundo Ambiental e 103 milhões via fundos comunitários).

Ao longo de vários anos, esta opção de se avançar com a linha circular antes de outros prolongamentos, recebeu uma dura oposição técnica, política e jurídica. A contestação à opção ouviu-se da esquerda à direita, deixando o PS praticamente sozinho na sua defesa. Apesar de toda a oposição ao projecto, as obras avançaram oficialmente em Abril de 2021.

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