Palcos da semana

O Nos Alive! de volta, um Planalto de artes em Moimenta da Beira, Jardins Efémeros em Viseu, Almada cheia de teatro e, no Porto, um festival orgulhosamente Trengo.

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I Was Sitting On My Patio This Guy Appeared I Thought I Was Hallucinating vem ao Festival de Almada Lucie Jansch
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Hatis Noit integra o cartaz dos Jardins Efémeros Özge Cöne
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Vera Mantero participa no Planalto com Os Serrenhos do Caldeirão Luís da Cruz
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Stromae estreia-se em Portugal no Nos Alive! Michael Ferire
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Albano, de Rui Paixão, entra no Trengo - Festival de Circo do Porto João Versos Roldão

Regresso à beira-Tejo

A estreia em Portugal de Stromae com Multitude. Florence + The Machine numa Dance Fever. A solidez dos Metallica. Os Da Weasel a voltarem finalmente aos palcos. E também The Strokes, Alt-J, Jorja Smith, Royal Blood, Imagine Dragons, M.I.A., Phoebe Bridgers, Manel Cruz, Pedro Mafama, Rita Vian… Depois de dois anos a sucumbir aos constrangimentos pandémicos – e com a baixa pesada que foi o cancelamento dos Faith No More – o Nos Alive! retorna em pleno. Dos vários palcos à beira-Tejo volta a ecoar muita música e, de um deles, também a comédia stand-up de Tio Jel, Carlos Vidal, Herman José, Beatriz Gosta, Tamer Kattan, Guilherme Fonseca, Salvador Martinha e Luana do Bem, entre outros.

Artes ao (Plan)alto

Vera Mantero numa escola a dançar a desertificação com Os Serrenhos do Caldeirão. André da Loba num parque. Noutro, circo contemporâneo. Arte pública com Wasted Rita. A Metamorfose dos Pássaros em tela. Leonor Cabral num Ciclone teatral. Bandua no Terreiro das Freiras, Lula Pena ao largo e Mynda Guevara na praça. Estão todos (e mais alguns) no Planalto - Festival das Artes. Erguido no interior, sem modéstias, envereda este ano pelo Território como Poema, tema-guia de uma “programação baseada na palavra, no corpo e no gesto, para continuar a desenhar, pensar e estimular um diálogo multicultural”, faz saber a organização. Além de espectáculos, proporciona conversas, aulas, um almoço comunitário, uma pedalada, uma caminhada, oficinas, cinema infantil e um concerto para olhos vendados numa praia fluvial.

A invasão dos trengos

Podem ser “trengos” (ou “desajeitados”, para quem desconhece a gíria), mas a sua invasão não só é amigável e organizada, como vem guarnecida da riqueza de estilos que o circo contém, seja em trapézios, clowns e malabares tradicionais, seja em derivações contemporâneas que cortejam outras artes e abordagens, seja para rir ou ficar a pensar. Com epicentro no Parque do Covelo e ramificações por ruas e salas, o Trengo - Festival de Circo do Porto tem na tenda propostas para famílias – caso do Poi de Guillem Vizcaíno ou d’A Raiz de Daniel Seabra e Mafalda Gonçalves – mas também pode acolher um palhaço que explora o medo e o desconforto, como acontece em Albano, de Rui Paixão. O Silêncio do Corpo, pela organizadora Erva Daninha, e a vertigem da Falaise da Baro D’Evel são outros destaques entre as 25 apresentações alinhadas para esta sétima edição.

Jardins incertos

A Incerteza comanda a décima edição dos Jardins Efémeros, um festival creditado pela certeza de um programa sempre singular na sua pluralidade. Movido pelo cruzamento de disciplinas e investido em provocar uma “transformação criativa e uma nova percepção da cidade”, articula-se em oito eixos – Artes Visuais, Arquitectura & Design, Som, Cinema, Pólis, Literatura, Oficinas e Mercados – preenchidos por centenas de actividades nas mãos de dezenas de projectos e artistas. Entre eles, sobressaem nomes como Sam Gendel, Mieko Suzuki e Heather Leigh, Pino Palladino, AGF ou Hatis Noit.

Gigantes nas tábuas

Aucune Idée de Christoph Marthaler é a primeira e Hokuspokus da Familie Flöz será a derradeira das 20 produções – sete nacionais, 13 internacionais – trazidas pelo 39.º Festival de Almada. Entre elas, as tábuas de nove palcos almadenses e lisboetas recebem gigantes como Robert Wilson, Christoph Marthaler, Thomas Ostermeier ou Wim Vandekeybus, bem como Dorothée Munyaneza e Nadège Prugnard, ou a Companhia de Teatro de Almada a estrear uma Noite de Reis encenada por Peter Kleinert. Fora de cena, ainda há concertos, conversas, exposições, formações, encontros com criadores e uma homenagem a José Manuel Castanheira.

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