Portugueses querem reformas estruturais, mas não acreditam que Governo as faça

Sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã revela que a esmagadora maioria dos portugueses acredita que o país precisa de reformas estruturais, especialmente na Saúde e na Justiça. Porém, mais de 60% dos inquiridos não acredita que este Governo as vá executar.

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Sondagem indica que eleitores não acreditam na capacidade reformada do Governo liderado por António Costa Nuno Ferreira Santos

A maioria dos portugueses defende que o país precisa de reformas estruturais e que a maioria absoluta dá ao Governo socialista as condições ideais para as executar.

De acordo com os dados recolhidos pela Intercampus numa sondagem para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV, 91,5% dos inquiridos dizem acreditar que Portugal precisa de grandes reformas, sendo a Saúde e a Justiça as áreas apontadas como prioritárias (6,1% dizem que Portugal não precisa de reformas estruturais e 2,5% não sabem ou não respondem). Embora 93% dos inquiridos diga ainda que a maioria absoluta dá ao executivo de António Costa as condições necessárias para levar a cabo essas transformações, 65,8% dos portugueses dizem-se cépticos e não acreditam que este Governo avance com qualquer reforma de fundo.

Do lado dos optimistas, apenas 18,1% dos entrevistados acreditam que algo mude até ao final da legislatura, isto é, até 2026 (16,1% não sabem ou não respondem).

A mesma sondagem, cujo trabalho de recolha de respostas decorreu entre 8 e 14 de Junho, elege a Saúde como a área mais prioritária. Dos inquiridos – numa semana marcada por problemas em vários hospitais, nomeadamente na área da obstetrícia – 92% responderam que a Saúde carece de uma reforma profunda. Logo a seguir surge a área da Justiça, que 89,4% consideram prioritária. Mas enquanto 30% dos portugueses esperam que existam mudanças significativas na Saúde durante os próximos quatro anos, só 17% acreditam que essas melhorias podem também acontecer na Justiça.

A terceira área mais apontada foi a Educação (86%), com 25% dos inquiridos à espera de reformas no ensino. Seguem-se a Economia (85,2%), a Segurança Social (84,6%) e o Trabalho (83%). O Ambiente (72,1%) é a área a que os portugueses atribuem menos prioridade.

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