Juros da dívida portuguesa descem a dois, cinco e 10 anos
Banco Central Europeu anunciou ontem que planeia criar um mecanismo que impeça a fragmentação do mercado da zona euro, tentando evitar que países como Portugal, Espanha, Grécia e Itália sofram juros mais altos sobre as dívidas soberanas.
Os juros da dívida soberana portuguesa estavam na manhã desta quinta-feira a descer a dois, a cinco e a 10 anos, em linha com restantes países europeus.
Pelas 08:25 em Lisboa, os juros a 10 anos desciam para 2,844%, contra 3,105% de quarta-feira cerca da mesma hora.
Neste prazo, os juros tinham atingido o actual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de Dezembro de 2020.
Por sua vez, os juros a dois anos caíram no arranque desta manhã para 1,488%, abaixo dos 1,494% registados na sessão anterior. O mínimo, de -0,814%, data de 29 de Novembro de 2021.
Já os juros com maturidade a cinco anos também recuaram para 2,216%, quando na terça-feira estavam em 2,375%.
O conselho de governadores, que decide a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) admitiu esta quarta-feira “acelerar” a criação de “um novo instrumento contra a fragmentação” do mercado na zona euro, onde as taxas de juro das dívidas soberanas de alguns países tinham voltado a aumentar depois de o banco anunciar, há escassos dias, o fim do programa de compra de obrigações e uma subida das taxas de juro de referência.