Ao final de dois dias de deliberações, o júri apresentou uma decisão unânime: o artigo escrito por Amber Heard e publicado no The Washington Post, em que relatou ser vítima de violência domestica, era falso, era sobre Depp, foi difamatório e as alegações de Heard foram feitas com “malícia”.

A actriz foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 10 milhões de dólares ao ex-marido por “danos compensatórios” e cinco milhões de dólares por “danos punitivos”. No estado norte-americano de Virgínia, contudo, o limite legal referente a danos punitivos situa-se nos 350 mil dólares.

Depp não marcou presença no tribunal, mas reagiu em comunicado: “O júri devolveu-me a minha vida. Sinto-me verdadeiramente honrado.” “Há seis anos, a minha vida, a vida dos meus filhos, a vida das pessoas mais próximas de mim, e também as vidas das pessoas que durante muitos, muitos anos me apoiaram e acreditaram em mim foram mudadas para sempre." Mas, conclui, “a verdade nunca morre”.

O veredicto foi recebido com satisfação no exterior do tribunal e cânticos “Johnny, Johnny, Johnny” entoados por fãs do actor.

Já no caso apresentado por Amber Heard, em que a actriz reclama ter sido alvo de difamação, as coisas não foram tão simples. Os jurados deram razão à actriz em alguns pontos e noutros não, atribuindo-lhe uma indemnização de dois milhões de dólares por danos compensatórios, longe dos 100 milhões que pediu inicialmente.