Sem pressas, em jeito de vadiagem, a pé ou de bicicleta atraídos pelos destinos menos populares do planeta. Assim se quer o Minimalist Travel Festival, cuja segunda edição acontecerá no dia 28 de Maio — com algumas alterações importantes relativamente ao ano de estreia.
A evolução pressupõe mudança do palco do festival, que agora decorrerá no Palácio dos Arcebispos em Santo Antão do Tojal, Loures (o município que, segundo a organização, “mais quis que o festival acontecesse"), com “mais espaço e melhores condições”, um programa mais extenso (das 11h às 23h com workshops entre as 8h as 11h), dois momentos musicais em vez de um (o tenor chileno André Navarro é o convidado especial) e até uma prova de vinhos. O preço (de 25 euros) não sofrerá qualquer alteração relativamente ao ano passado.
Se existe um denominador comum entre as diferentes palestras, é certamente a “sustentabilidade”, o “minimalismo em viagem” e a importância de fazer turismo em sítios não massificados. “A experiência é o mais importante”, anota à Fugas Gonçalo Cruz (36 anos), criador do festival, um sonho antigo deste viajante que passou “muitos anos lá fora” – viveu em Inglaterra, Malta, Itália e Alemanha e deu uma volta ao mundo exactamente em 365 dias, entre 2016 e 2017.
Actualmente, Gonçalo distribui o seu tempo entre vários projectos: uma agência de viagens (The Travel Tool), o kit de viagens “mais leve do mundo” (The Travel Tool Kit), uma Guest House (Casa Cruz Lisboa) e a escrita (prepara-se para lançar o sexto livro em Junho).
E, claro, o seu festival. “Os meus pais nunca viajaram. Nunca houve o bichinho das viagens, mas havia o bichinho dos festivais. O meu sonho sempre foi organizar um festival. E pensei ‘porque não organizar um festival sobre viagens na zona sul do país onde não há nada do género?’” Juntou as suas paixões e, apostando em viajantes portugueses, decidiu “inspirar e educar o próximo”.
As palestras desta segunda edição (por ordem do horário): Vadiar em Portugal (Diogo Tavares), A pressa não mora aqui (Nuno Cruz e Pedro Padinha), Viajar de bicicleta (Tânia Muxima e Rafael Polónia), A inexplicável atracção pela montanha (António Luís Campos), A magia dos destinos c (Diogo e Filipa Frias), Rostos da Aldeia (Filipe Morato Gomes) e Expedição no rio Sepik (Rui Pinto e Carla Mota) antes do intervalo para jantar e do concerto surpresa.