Fotogaleria
Em imagens. Cerca de 1250 pessoas já abandonaram São Jorge, com receio de "possibilidade real de erupção"
Em seis dias já se registaram mais de 2000 sismos na ilha de São Jorge, nos Açores. Várias foram as pessoas que tomaram a decisão de abandonar as suas casas. Entre as malas de viagem, sacos e mochilas, nem os animais ficaram para trás.
Cerca de 1250 pessoas já abandonaram São Jorge, nos Açores, por via marítima e aérea, desde o início da crise sismovulcância, que está a acontecer na ilha desde sábado, revelou esta sexta-feira o presidente do Governo Regional.
“Neste instante, a informação que posso prestar quanto ao realizado e não quanto às reservas em curso, [é que] a Atlânticoline [empresa de transporte marítimo], relativamente aos dias de 23 e 24, transportou 653 pessoas, creio que 39 viaturas. A SATA aponta para, nos dias 20 até 24, cerca de 600 pessoas”, adiantou José Manuel Bolieiro, que está desde quinta-feira em São Jorge.
Os “valores redondos” quanto à saída de população de São Jorge foram revelados pelo presidente do Governo Regional numa conferência de imprensa, após uma reunião com o presidente da Câmara de Velas, Luís Silveira, e com o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques.
Às 16h05 de sábado, 19 de Março, iniciou-se a crise sismovulcânica em São Jorge, nos Açores. Até ao momento já aconteceram mais de 2000 sismos, dos quais mais de 150 foram sentidos pela população.
Face à situação, o CIVISA (Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha para V4, que significa “possibilidade real de erupção”.
Perante uma possível erupção, o executivo açoriano recomendou à população da principal zona afectada na ilha de São Jorge, entre a Fajã das Almas e as Velas, que abandonem as suas casas.
O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, declarou na quinta-feira passada "situação de alerta", sendo que a interdição e evacuação das fajãs se justifica pelos níveis de sismicidade e pela “perigosidade prevista para sábado e domingo de manhã” devido às condições meteorológicas, explicou.