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Guerra na Ucrânia: uma criança torna-se refugiada quase a cada segundo
O alerta foi feito esta terça-feira pelas Nações Unidas, com base na actualização mais recente do número de crianças que foram obrigadas a fugir do seu país desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de Fevereiro.
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Cerca de milhão e meio de crianças já foram obrigadas a fugir da Ucrânia e a procurar segurança noutro país, desde que começou a invasão das tropas russas. São mais de 70 mil por dia, quase uma por segundo, informaram as Nações Unidas esta terça-feira.
Os números foram avançados pelo porta-voz da UNICEF, a agência das Nações Unidas, James Elder.
We have now reached a mind-boggling 1.5MILLION children who have been forced to flee #Ukraine. That's around 55 children every minute of this war. Or very close to one child becoming a refugee every single second since war started!! �� pic.twitter.com/3mmrnvGnbl
— James Elder (@1james_elder) March 15, 2022
A UNICEF tem vindo a denunciar a grave crise humanitária que a guerra na Ucrânia está a provocar, onde as crianças estão “a ser mortas, feridas e profundamente traumatizadas por causa de toda a violência devastadora à sua volta”. Há 7,5 milhões de crianças cujas "vidas e bem-estar" estão a ser ameaçadas por este conflito, acrescenta.
O risco aumenta no caso das crianças que se deslocam do país sozinhas e desprotegidas, estando a ser denunciadas situações de tráfico de crianças na fronteira da Ucrânia com a Polónia, por exemplo, como revela uma equipa de veteranos americanos, a Aerial Recovery, que está a ajudar a retirar as pessoas da zona. Citado pela BBC, o chefe de operações deste grupo, Jeremy Locke, diz que há “gangues que estão a explorar o facto de haver um conflito para poder raptar mais crianças e mulheres".
Também a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, manifestou preocupação neste sentido na semana passada, focando-se em particular nas crianças órfãs. “Temos alguns relatos de criminosos que levam as crianças dos orfanatos na Ucrânia, atravessando a fronteira fingindo que são os seus pais e depois utilizam-nas para fins de exploração”, cita a cadeia pública britânica.