Petróleo e gás natural recuam de valores máximos, bolsas fecham em alta

Cotação do Brent recua 5%. Principais bolsas europeias terminaram a primeira sessão da semana em alta. Lisboa destoou.

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Preços dos combustíveis subiram nas últimas semanas para valores historicamente elevados EPA/DUMITRU DORU

O preço do petróleo e do gás natural registaram uma quebra nesta segunda-feira, recuando dos valores-recorde atingidos nas últimas semanas com a invasão da Ucrânia.

O alívio aconteceu logo de manhã e prolongou-se durante a tarde, no dia em delegações da Ucrânia e da Rússia se encontraram para uma quarta ronda de negociações acerca de um possível cessar-fogo, ao mesmo tempo em que estava marcado um encontro entre responsáveis dos Estados Unidos e da China.

A cotação do petróleo Brent do mar do Norte, negociado em Londres para entrega em Maio, caiu 5% durante a tarde. O preço do barril baixou para os 106,6 dólares, uma diferença superior a cinco dólares em relação ao valor de fecho de sexta-feira, quando a cotação ainda esteva acima dos 112 dólares.

Apesar de continuar em valores historicamente elevados, acima da barreira dos cem dólares, a cotação já estava durante a manhã a uma distância de dez dólares em relação a um máximo atingido há pouco dias, o que mostra a volatilidade que se está a assistir no preço desta matéria-prima em função dos desenvolvimentos diários da guerra na Ucrânia, que continua sob ataque da Rússia.

Com uma queda na ordem dos 6% estava a cotação do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociado nos Estados Unidos. A cotação do barril dos contratos para entrega em Maio baixou nos 102,8 dólares, afastando-se do pico dos 109 dólares a que chegou a transaccionar-se na semana passada.

No gás natural, o segundo combustível mais utilizado no espaço da União Europeia, os contratos negociados no mercado holandês para entrega em Abril recuaram nos 110 euros por megawatt/hora. Registava-se uma descida de 15,8% por volta das 17h30 em relação a sexta-feira, que permite um distanciamento em relação aos preços da semana passada, em que se a cotação esteve nos 345 euros.

Nos mercados de capitais o sentimento foi de ligeira recuperação. As principais bolsas europeias fecharam em alta. A de Frankfurt subiu 2,2%, Paris avançou 1,75%, Milão 1,7%, Madrid 1,1%, Bruxelas 1,8%. Londres fechou com uma subida menos expressiva, de 0,53%. Lisboa destoou, com o principal índice a registar uma descida de 0,6%.

A escalada nos preços das matérias-primas está a levar alguns governos a tomarem medidas excepcionais para conter a subida. Em Portugal, o Governo decidiu passar a fixar semanalmente a taxa do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) em função da expectativa da subida do preço da gasolina e do gasóleo na semana seguinte e está a atribuir um subsídio financeiro de 20 euros na compra de combustível, através de um reembolso na conta bancária para quem se inscreve no Autovoucher, tendo ainda outras medidas sectoriais em marcha, como um auxílio aos transportes públicos rodoviários (táxis e autocarros que prestam serviço público).

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