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Em imagens: Rússia bombardeia Kharkiv e Sumy. Ataques mataram 80 ucranianos
Edifício do Governo regional e base militar foram atingidos na manhã deste sábado. Número de vítimas mortais deverá subir nas próximas horas, alertam autoridades.
As primeiras horas da manhã desta terça-feira, sexto dia da invasão russa na Ucrânia, começaram com fortes ataques aéreos a pontos estratégicos, num momento em que o exército russo desloca uma coluna gigante de tropas e equipamento em direcção a Kiev.
Em Kharkiv, segunda maior cidade do país, o edifício do Governo regional foi bombardeado, num ataque que provocou pelo menos dez mortos e 34 feridos, de acordo com o primeiro balanço feito pelas autoridades locais. O vídeo do bombardeamento, amplamente divulgado nas redes sociais e partilhados por órgãos de comunicação social ucranianos, mostram que as bombas caíram a poucos metros do edifício do Governo, atingindo vários carros numa intersecção movimentada.
Horas antes, em Okhtyrka, cidade da região de Sumy situada entre Kharkiv e Kiev, o alvo dos bombardeiros russos foi uma base militar. As fotografias dos escombros dos edifícios do complexo foram divulgadas esta manhã pelo líder do governo regional, Dmytro Zhyvytskyy, Deste ataque resultaram mais de 70 mortos. As autoridades locais alertaram para a forte possibilidade de a contabilização de vítimas mortais resultantes destes ataques subir nas próximas horas. Dmytro Zhyvytskyy alertou ainda para a existência de mortes entre os civis após combates entre o exército russo e ucraniano na região.
Uma coluna de tropas – que chegou a ter 64 quilómetros de comprimento – dirige-se para Kiev, movimento que, ao que tudo indica, será uma derradeira investida para cercar a capital ucraniana e assumir controlo. Os militares de Putin encontraram mais resistência do que o previsto, frustrando as ideias de rápidos avanços e conquistas em solo ucraniano. As próximas horas podem ser decisivas para definir o conflito, numa altura em que o espaço aéreo europeu se encontra fechado para as aeronaves russas e estão em prática sanções que pretendem paralisar a economia e penalizar os financiadores do esforço de guerra promovido pelo Kremlin.