Ucrânia: Marcelo Rebelo de Sousa cancela deslocação ao Dubai
O chefe de Estado tinha deslocação prevista para a próxima semana para visitar a Expo 2020 no Dubai.
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou a deslocação prevista para a próxima semana aos Emirados Árabes Unidos, para visitar a Expo 2020 no Dubai, devido à situação internacional, anunciou este sábado a Presidência da República.
“Tendo em conta a situação internacional, o Presidente da República cancelou a deslocação prevista na próxima semana ao pavilhão de Portugal na Exposição mundial no Dubai”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha pedido autorização ao parlamento para se deslocar ao Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 3 e 5 de Março, depois de já ter adiado uma vez esta deslocação, inicialmente prevista para entre 20 e 23 de Janeiro, o que justificou com a pandemia de covid-19.
O chefe de Estado tem ainda agendada uma deslocação a Moçambique, para entre os dias 16 e 23 de Março.
A Federação Russa lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que segundo as autoridades ucranianas já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia desta ofensiva.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender e durará o tempo necessário.
Estas acções militares foram condenadas pela maioria da comunidade internacional e motivaram reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e de organizações internacionais como a NATO, a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU.
Na sexta-feira, a Federação Russa vetou, isolada, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de condenação à sua agressão à Ucrânia, que obteve 11 votos a favor e três abstenções, da República Popular da China, da Índia e dos Emirados Árabes Unidos.