EUA, Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália preocupados com eleições em Hong Kong
Responsáveis pelos Negócios Estrangeiros dos quatro países falam em “erosão dos elementos democráticos” do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial.
As eleições em Hong Kong “reverteram a tendência” que existia desde a transferência de soberania para a China em 1997, de ter “candidatos com vários pontos de vista” a concorrer, disseram os responsáveis dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, e Austrália em comunicado, um dia depois de um escrutínio dominado pelos candidatos pró-Pequim e com uma baixa taxa de participação.
No comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e as ministras dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália, disseram estar “preocupados com a erosão dos elementos democráticos do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial”, dizendo que “acções que comprometem os direitos, liberdades e o grande grau de autonomia de Hong Kong estão a ameaçar o nosso desejo comum de ver Hong Kong ser bem-sucedida”.
As mudanças no sistema eleitoral de Hong Kong “eliminaram qualquer oposição política significativa”, disseram ainda. “Enquanto isso, a maioria dos políticos da oposição continuam na prisão a aguardar julgamento, e outros estão exilados.”
Manifestando também preocupação com os efeitos da Lei da Segurança Nacional, o comunicado pede à China para que “aja em conformidade com as suas obrigações internacionais para respeitar direitos protegidos e liberdades fundamentais em Hong Kong, incluindo as garantidas na Declaração Sino-Britânica”, assinada em 1984 e que é a base do princípio “um país, dois sistemas”.