Cash Converters produz objectos em ouro com jóias em segunda mão

Até Novembro, a marca reutilizou mais de 190 quilogramas de metais preciosos na Península Ibérica, com o objectivo de promover a economia circular.

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Em Portugal existem cinco lojas em Lisboa e uma no Porto DANIEL ROCHA/arquivo

As jóias em segunda mão podem não ser a primeira escolha quando se pensa num presente para o Natal ou outra ocasião. Por isso, há mais de duas décadas que a empresa de origem australiana Cash Converters promove a reutilização de jóias e pedras preciosas. Este ano, pela primeira vez em Portugal, a cadeia de lojas especializada na compra e venda de bens em segunda mão apresenta uma colecção própria de jóias, feita com ouro reciclado.

“​O ouro que usamos provém de peças em segunda mão que são vendidas nas nossas lojas. Utilizando ouro 18 quilates reciclado, derretemos jóias antigas para produzir, de forma justa, peças novas, sofisticadas e de alta qualidade, poupando a natureza da extracção de matéria-prima”, descreve Paulo Vasconcelos Freitas, porta-voz da Cash Converters em Portugal, em resposta por e-mail ao PÚBLICO.

Questionado se as peças em segunda mão, tal como as adquiridas pela empresa, são mais difíceis de vender, o dirigente responde: “Tão difícil como vender qualquer outro produto em segunda mão.” E justifica que o objectivo desta iniciativa é “reforçar o propósito de promover a economia circular, a compra inteligente”. Ao longo deste ano e até Novembro, na Península Ibérica, a marca reutilizou mais de 190 quilogramas de metais preciosos, com o objectivo de promover a economia circular, sublinha o porta-voz.

Há anéis, fios, gargantilhas, pendentes, brincos, braceletes e até um terço em ouro (1250€) — os preços começam nos 49€ e chegam aos 1560€, uma pulseira para homem. “Queremos reforçar a variedade de produtos que oferecemos aos clientes”, explica Paulo Vasconcelos Freitas. A marca garante a natureza de todas as jóias através de uma identificação oficial, emite certificados oficiais com uma descrição da sua natureza e características e ainda verifica a proveniência legal de todas as peças com as forças de segurança, garante.

“Embora as jóias sejam em segunda mão, a sua condição não o demonstra”, salvaguarda o responsável, uma vez que a matéria-prima é derretida para produzir peças novas, para as quais são usados desenhos universais. Estas são produzidas em Espanha por artesãos, em Córdoba. Quanto aos preços, são mais baixos do que numa ourivesaria tradicional. “O fabrico a partir das nossas próprias matérias-primas permite-nos ajustar os custos e promover preços de venda justos”, justifica o responsável, acrescentando que o posicionamento da marca permite uma “poupança até 51% quando comparada com os produtos novos”.

Se em Portugal é a primeira vez que a Cash Converters tem esta oferta, em Espanha já vai no segundo ano e é para manter, assegura Paulo Vasconcelos Freitas, acrescentando que ao longo do ano são lançadas várias peças. Segundo a empresa, a extracção de um grama de ouro gera 20 quilogramas de emissões de CO2. “Devido à poluição que produz, a extracção de ouro pode destruir ecossistemas importantes, por isso, com esta colecção, queremos trazer uma nova vida ao metal amarelo e reduzir a quantidade de resíduos que são descartados”, conclui.

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