Em Israel já se vende um bife para quem gosta do sabor da carne (mas não de a comer)

Um chef corta um bife impresso em 3D, à base de vegetais, que imita carne de vaca Reuters/AMIR COHEN
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Um chef corta um bife impresso em 3D, à base de vegetais, que imita carne de vaca Reuters/AMIR COHEN

Pode ser uma visão em milhares de restaurantes europeus, já no final de 2022: cortes inteiros de “carne” à base de plantas (e não o habitual picado já disponível na maior parte dos supermercados).

O substituto da carne de bovino impresso em 3D foi lançado em Israel, bem como na Alemanha, Holanda e Reino Unido, pela startup israelita Redefine Meat. A mistura é feita com os ingredientes habituais — soja e proteína de ervilha, grão-de-bico, beterraba, leveduras nutritivas e gordura de coco — mas os jornalistas e foodies que provaram a imitação de bife salientam a semelhança na textura, aparência (e no sangue).

Os cortes de carne são mais complicados de produzir do que a “carne” moída e continuam a evoluir. “Estamos a aumentar a produção. Cada lote que fazemos é cinco vezes maior do que o lote anterior. Portanto, estamos a mudar... as máquinas, o fluxo e também estamos a mudar os atributos do produto", disse ele.

À medida que a tecnologia avança e melhora o sabor e a variedade das carnes alternativas, as vendas no sector poderão atingir 140 mil milhões de dólares até 2029, cerca de 10% do mercado mundial de carne, estima o Barclays.

A concorrência já é elevada, com nomes como a Beyond Meat (BYND.O), da Califórnia, o Impossible Foods e o Novameat, de Espanha. A Redefine Meat angariou mais de 100 milhões de dólares e planeia construir cinco fábricas em Israel, na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia nos próximos anos. 

Reuters/AMIR COHEN
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