Um Barcelona de pesadelo entregue a Xavi

Catalães deixam-se empatar nos Balaídos perante o Celta de Vigo por 3-3, depois estarem a ganhar por três ao intervalo. O novo treinador terá muito trabalho pela frente.

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Nolito marcou o segundo golo do Celta EPA/Lavandeira jr

Chamavam “Dream Team” ao Barcelona de Cruyff que tinha Laudrup, Stoichkov, Romário, Bakero, Koeman, uma equipa que jogava e ganhava de uma determinada maneira, tinha uma identidade e era forte. Este Barcelona da actualidade está longe de ser uma equipa de sonho, e é um pesadelo para todos, incluindo para Xavi Hernández, que irá assumir a equipa a partir de agora. Que Barcelona é este? É uma equipa que está a ganhar por três ao intervalo e que se deixa empatar (3-3) na última jogada do encontro.

Foi o que aconteceu neste sábado, nos Balaídos, frente ao Celta de Vigo. Com o interino Sergi Barjuán a cumprir o seu último jogo no cargo, os “blaugrana” chegaram ao intervalo felizes com a vantagem de 0-3 e terminaram o jogo de cabeça baixa depois de terem permitido o remate de Iago Aspas que deu o 3-3 para a combativa formação galega.

Tudo parecia correr pelo melhor para o Barcelona quando Ansu Fati fez o 0-1 logo aos 5’, depois de uma assistência de Jordi Alba. E quando Sergio Busquets, num raro remate de fora da área, fez o 0-2. Memphis Depay elevou para 0-3, após novo passe de Alba, e só se viam sorrisos no banco dos “blaugrana” ao intervalo.

Mas, quem quer que jogue contra o Barcelona, sabe que é uma equipa intranquila que se desfaz ao primeiro sinal de contrariedade. Aos 52’ Iago Aspas deu o sinal de revolta aos galegos (1-3) e Nolito, jogador com passado de Barcelona, fez o 2-3 aos 74’. O Celta fez o cerco à área do Barça na fase final do jogo e, na última jogada, já para lá do tempo de compensação, chegou ao empate, num disparo de Aspas indefensável para Ter Stegen, impedido que Sergi se despedisse do banco do Barcelona com uma vitória.

O balanço da gestão do interino que pegou na equipa após o despedimento de Koeman não é famoso: dois empates na liga espanhola e uma vitória na Liga dos Campeões. Agora segue-se Xavi, que foi um jogador genial de um grande Barcelona, mas que ainda é um treinador em processo de aprendizagem. Precisa de crescer depressa para devolver a identidade e os bons resultados a uma equipa que tem défice de ambas as coisas.

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