“Intrusão de dióxido de enxofre”: efeitos do vulcão de La Palma sentem-se nos Açores

Situação deverá ser ultrapassada esta quinta-feira, adianta o IPMA.

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Erupção do Cumbre Vieja, em La Palma Reuters/SUSANA VERA

Uma “intrusão de dióxido de enxofre e de partículas de aerossol de sulfato”: os efeitos da erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, fazem sentir-se nos Açores, de acordo com os resultados do modelo do Serviço de Monitorização Atmosférica do programa Copernicus (ECMWF).

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que divulgou a informação no seu site na terça-feira, este evento causa “uma redução de visibilidade”, semelhante à registada a 29 e 30 de Setembro. Este aumento na concentração de enxofre e partículas poderá verificar-se à superfície.

“Esta situação deverá ser ultrapassada em todo o arquipélago a partir da madrugada de dia 4 de Novembro (quinta-feira)”, revela o IPMA.

Em La Palma, o vulcão Cumbre Vieja continua sem dar tréguas. Esta quarta-feira voltou a registar-se novo sismo acima dos 5 na escala de Richter, um dos mais fortes desde a primeira erupção do vulcão, a 19 de Setembro. 

Entre a meia-noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, registaram-se 58 terramotos com uma magnitude superior a 2 na ilha de La Palma.

A lava já cobriu quase 900 hectares de terreno, destruindo cerca de dois mil edifícios. Mais de sete mil pessoas tiveram que deixar as suas casas.

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