O que fazer com estas pinturas que temos na sala de visitas da Assembleia da República?
Recentemente a deputada Joacine Katar Moreira recomendou à AR que colocasse umas legendas junto às pinturas murais do salão nobre para explicar a quem ali entra que está perante uma obra de propaganda encomendada por uma ditadura, chegando a sugerir até, em alternativa, que fossem retiradas. Que pinturas são estas? O que mostram? Como lidar com elas? Fomos perguntar a três historiadores de arte.
É um espaço amplo, com um pé direito generoso e janelas que dão acesso a uma varanda de aparto que marca a fachada principal do Palácio de São Bento, construída sobre a arcaria do corpo central do edifício. O chão é de madeira de carvalho com embutidos de pau-santo, em grande parte escondido por um enorme tapete de Arraiolos, e o tecto em curvatura está coberto de caixotões iluminados para compensar a falta de luz natural e garantir que as sete pinturas murais que ocupam a parede oposta à das janelas e os dois topos da sala podem ser vistas sem dificuldade. É um espaço imponente, como aliás convém a um salão nobre, destinado a recepções oficiais e a outras ocasiões solenes.
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