Paços de Ferreira e Santa Clara jogam esta noite as aspirações europeias e a possibilidade de marcarem presença na fase de grupos da Liga Conferência. Apesar de ambos partirem em vantagem para os respectivos confrontos, o cenário será de extrema dificuldade.

Ao Paços de Ferreira compete defender, em Londres, às 19h45, a curta e ao mesmo tempo gigantesca vitória (1-0) sobre o Tottenham de Nuno Espírito Santo. Triunfo histórico alcançado na primeira mão, frente às segundas linhas da formação londrina.

O treinador português dos “spurs” precisou de tempo para processar o “soco” que o levou ao tapete na Capital do Móvel e, mesmo não abrindo o jogo sobre as opções, espera-se que não repita a ousadia. Nuno Espírito Santos avisa que a conjuntura é agora diferente e o Tottenham não facilitará.

Harry Kane, que aproveitou o momento para galvanizar os adeptos ao anunciar que permanecerá ao serviço dos “spurs” até à próxima janela de mercado, é um dos nomes que Espírito Santo poderá lançar para impor respeito.

Mas nem precisava, já que os pacenses sabem bem o lugar que ocupam no plano internacional, ficando na expectativa, aguardando a resposta dos ingleses.

O técnico pacense, Jorge Simão, reconheceu, já em Londres, que as possibilidades de êxito são “muito reduzidas", mesmo estando à frente na eliminatória. Na primeira mão seriam de cinco por cento, agora podem chegar “aos dez por cento”, declara Jorge Simão, que promete “lutar” até ao limite pelo apuramento.

Antunes, que ao serviço do Paços de Ferreira não disputou nenhuma das competições europeias que ajudou o clube a conquistar num passado não muito longínquo, espera poder avançar para a fase de grupos na competição para cumprir um sonho que é de todos os pacenses.

Da mesma forma, ainda que perante um opositor menos categorizado, o Santa Clara enfrenta, em Belgrado, às 20h, já sem o goleador Carlos Júnior (transferido), um Partizan que lidera a Liga sérvia e não deixará de explorar as fragilidades da equipa açoriana, bem evidentes no Bessa, onde o treinador Daniel Ramos tentou gerir um grupo ferido pela covid-19 e pela sequência de jogos que condiciona fortemente as opções.

O Santa Clara parte, contudo, com uma vantagem importante (2-1), garantida em São Miguel.
"Na primeira mão fomos superiores. Mas percebemos muito bem a valia do Partizan. Percebemos também que só um Santa Clara forte consegue fazer um bom resultado na segunda mão”, declarou Daniel Ramos.

“Temos de ser organizados. Desejamos e esperamos estar à altura porque é um momento histórico. Chegar aqui já é alto, ir mais além significa muito, não só ao nível local, da região, mas também a nível nacional”.