Julho foi o melhor mês para os cinemas portugueses desde o início da pandemia
Depois de mais um confinamento, o regresso dos blockbusters e o filme sobre as Doce reavivaram a exibição em Portugal. Há menos 62 ecrãs a funcionar desde que a covid-19 se abateu sobre o país.
Os cinemas portugueses receberam em Julho 588.492 espectadores, um aumento face ao período homólogo de 2020, mas também face a Junho, tratando-se do melhor mês desde o começo da pandemia de covid-19, revelou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) na quarta-feira.
Segundo os dados divulgados pelo ICA, as salas de cinema portuguesas facturaram 3,3 milhões de euros em Julho face aos 398 mil euros registados no mesmo mês de 2020 e acima dos 2,7 milhões de euros que se verificaram em Junho.
No acumulado deste ano, já foram ao cinema 1.474.709 pessoas, numa facturação total de 8,2 milhões de euros.
Por comparação com Julho de 2019, pré-pandemia, nesse mês os cinemas tinham recebido 1,8 milhões de espectadores e tiveram uma receita bruta de 9,7 milhões de euros. No acumulado desse ano até Julho, os cinemas já tinham ultrapassado os 45 milhões de euros de receita e os oito milhões de espectadores.
Para os dados alcançados pelos cinemas em Julho deste ano contribuiu a chegada às salas do mais recente capítulo de Velocidade Furiosa, de Justin Lin, que desde a estreia em 24 de Junho contou com 309.100 espectadores.
Também a apoiar a recuperação terá estado a estreia de Viúva Negra, de Cate Shortland, que contou com 105.010 pessoas desde 8 de Julho, sendo os dois filmes mais vistos do ano, apesar de se terem estreado entre o fim de Junho e o começo de Julho.
O terceiro filme mais visto de Julho é já a obra portuguesa mais concorrida do ano - Bem Bom, de Patrícia Sequeira, que alcançou os 53.022 espectadores. Bem Bom, sobre as Doce, é o sétimo filme mais visto do ano em Portugal, atrás de The Conjuring 3: A Obra do Diabo, Cruella, Um Lugar Silencioso 2 e Nomadland - Sobreviver na América.
Os dados do ICA mostram que há 141 recintos de exibição de cinema em Portugal, com 503 ecrãs e 94.078 lugares, o que revela uma descida dos 565 ecrãs e 107.396 lugares que se encontravam nos valores mensais do ICA de Julho de 2019.