M.Ou.Co: o novo hotel do Porto também é uma “casa da música”

É uma espécie de híbrido entre uma “casa da música” e um hotel e vai abrir em Agosto em regime de soft opening. Chama-se M.Ou.Co, mas parece ser tudo menos mouco.

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Vai ter sala de concertos, (três) salas de ensaios, uma “musicoteca”. Vai ter 62 quartos, restaurante, piscina. Para sermos mais rigorosos, vai incluir também uma área de “saúde do músico”, por um lado, bar, esplanada e jardim, por outro. Tamanha diversidade não traz problemas de identidade: o M.Ou.Co assume-se como “novo espaço cultural e hoteleiro” e assim, pelo menos, sabemos a ordem das prioridades. A abrir no Porto, mais concretamente na zona do Bonfim, este projecto apresenta-se com “um conceito multidisciplinar e assumidamente dirigido para a componente musical”, lê-se em comunicado de imprensa. Que também se reflecte na sua vertente hoteleira: vejam-se os quartos, divididos entre standard e superior, com nomes de canções - do Porto Sentido, que até é um T1 duplex com varanda, ao Voyage, Voyage!, quarto duplo, passando pelo The Passenger, uma suíte com cozinha e varanda, ou On the Road Again, um quarto duplo duplex (e poderíamos continuar…). “Do check-in ao check-out, desejamos que viva tudo intensamente com uma banda sonora à medida”, anuncia-se no site.

É já em Agosto que o M.Ou.Co se vai apresentar, em modo soft opening - a inauguração oficial está marcada para Setembro. “Stay. Listen. Play” é o slogan do novo espaço que se desenvolveu ancorado na estética industrial (espere-se betão, aço, microcimento, madeira q.b.) - e que convida a “ficar, relaxar, ouvir, tocar e experimentar”. Para tal, apresentará, trimestralmente, programação própria que será (não surpreendentemente) sobretudo ligada à música que, promete-se, será ecléctica. Rock, pop, electrónica, jazz, experimental, tradicional e do mundo: vários estilos musicais desembocarão no M.Ou.Co, seja em concertos, seja em oficinas, aulas e conferências.

São vários os locais que servirão esta vocação. Desde a chamada “musicoteca”, onde estarão reunidas colecções de discos de vinil e de livros sobre música, às salas de ensaio e ao espaço, “inovador”, dedicado à saúde do músico (“com acompanhamento especializado e […] um conjunto de iniciativas personalizadas, pensadas exclusivamente nas necessidades específicas para o bem-estar destes profissionais”). Contudo, o coração é só um: a sala M.Ou.Co., capacidade para 300 pessoas em pé (ou 180 sentadas), com palco flexível, luz natural e acesso directo para o exterior. Música à parte, o M.Ou.Co terá um restaurante com “comida de conforto”, que dá um toque de inovação à gastronomia tradicional portuguesa, em harmonização com vinhos nacionais e internacionais. Haverá um menu executivo ao almoço, jantar à carta e ainda uma lista de snacks, que inclui opções vegetarianas e veganas.

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E se é musical, este hotel não é, afinal, ortodoxo: “O M.Ou.Co. é o espaço para apreciadores de música, para os criativos, para profissionais de todas as áreas, desde as mais criativas às mais tradicionais. É também o local ideal para as famílias”, lê-se ainda no comunicado.

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