Fotografia
Uma homenagem a Danish Siddiqui, fotojornalista morto no Afeganistão
O fotojornalista indiano encontrava-se ao serviço da Reuters, no Afeganistão, desde o início da semana e cobria a conquista territorial taliban junto da fronteira com o Paquistão. Entre 2018 e 2021, 33 jornalistas perderam a vida no país.
O fotojornalista da agência Reuters Danish Siddiqui morreu esta sexta-feira, 16 de Julho, no Afeganistão, enquanto cobria o confronto armado entre as forças de segurança afegãs e os guerrilheiros taliban junto à fronteira com o Paquistão. O fotógrafo da Reuters, que chegou ao Afeganistão no início da semana, encontrava-se em Spin Boldak, uma zona recém-ocupada pelos taliban, e já tinha sofrido ferimentos, nesse mesmo dia, causados por estilhaços de uma bomba que explodiu durante os confrontos.
Siddiqui, juntamente com o colega Adnan Abidi, foi distinguido, em 2018, pelos Prémios Pulitzer, na categoria de Fotojornalismo, pelo trabalho que realizou junto da comunidade Rohingya, refugiada em Cox Bazar, no Bangladesh. Para além disso, cobriu conflitos e crises humanitárias em cenários de guerra e instabilidade política no Iraque, Hong Kong, Nepal. Antes da viagem para o Afeganistão - o país onde, de acordo com relatório das Nações Unidas, 33 jornalistas perderam a vida entre 2018 e 2021 -, o fotógrafo indiano dedicou-se à cobertura da crise pandémica na Índia, país de onde era natural.
O P3 partilha, agora, uma selecção do seu melhor trabalho ao serviço da Reuters durante os últimos dez anos. "Procuramos mais informação com a máxima urgência e estamos a trabalhar em conjunto com as autoridades locais nesse sentido", referem o presidente Michael Friedenberg e a directora-executiva da Reuters num comunicado. "O Danish era um jornalista excepcional, um pai e marido dedicado e um colega querido."