UEFA debaixo de fogo por causa da sua “insensibilidade”

Em causa está ainda a decisão de manter o jogo entre a Dinamarca e a Finlândia, mas também o lance que envolveu Pavard.

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O lance que envolveu Eriksen Reuters/WOLFGANG RATTAY

O caso aconteceu no sábado, mas continua a gerar controvérsia. Tudo porque a UEFA sugeriu a continuação do jogo entre a Dinamarca e a Finlândia depois do internacional dinamarquês Christian Eriksen ter caído inanimado no relvado.

Nesta quarta-feira, a voz crítica foi a do presidente da Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU). Num comunicado, Jesper Moller afirmou que o comportamento da UEFA, ao retomar o jogo, foi uma “decisão errada e completamente inaceitável”.

“Foi uma decisão errada e completamente inaceitável que os jogadores tivessem que entrar em campo pouco tempo depois de terem passado por uma experiência horrível. Os jogadores e treinadores não podem ser colocados nessa situação”, escreveu Moller, num comunicado da DBU.

Em reunião com os jogadores e staff das duas selecções, a UEFA apresentou duas soluções: que o jogo fosse retomado no mesmo dia, o que acabou por acontecer, ou no dia seguinte.

 “Temos de pensar em alterar as regras para que nunca mais nos encontremos na mesma situação. O que aconteceu no sábado não deve voltar a acontecer”, reforçou Moller.

Ontem, foi a vez de o Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) pedir explicações à UEFA sobre permanência em campo de Pavard. A FIFPro lamentou que o francês não tenha sido substituído após o choque com o alemão Robin Gosens, que o deixou inconsciente durante alguns segundos.

“A FIFPro está em contacto com a UEFA para saber a razão pela qual a ‘carta’ para comoções cerebrais não foi aplicada” no jogo de terça-feira, entre França e Alemanha (1-0). O defesa direito francês disputou a partida até ao seu final.

O lance aconteceu aos 59 minutos, com o joelho do alemão Gosen a atingir Pavard na cabeça, deixando o jogador francês, que já disse ter desmaiado “durante 10 a 15 segundos”, deitado no chão, de barriga para baixo.

A FIFPro assinalou a série de recomendações anunciadas no sábado pela UEFA no que diz respeito a comoções cerebrais, embora o regulamento do campeonato não imponha uma conduta padronizada no caso de choque com a cabeça.

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