Na Foz do Douro, uma casa vestida de azul e branco vê-se ao espelho no Atlântico

Na cidade do Porto, à beira-mar, a Casa da Foz ganhou novo visual e combina elementos tradicionais e contemporâneos, respeitando o ambiente que a envolve.

Ivo Tavares Studio
Fotogaleria
Ivo Tavares Studio

Vestido de azulejos pintados à mão, este edifício azul e branco, recentemente reabilitado na Foz do Douro, no Porto, debruça-se sobre o Atlântico para observar o próprio reflexo. As fachadas mais antigas, com pormenores em granito, foram preservadas, mas foi construído um novo andar no topo do edifício, de cor cinza, em zinco, que contrasta com a aparência tradicional da casa.

“Tentámos fazer algo harmonioso, uma intervenção contemporânea, mas que não chocasse com o meio envolvente”, explica o arquitecto responsável pelo projecto, Andrés Stebelski​. “O último andar é novo, algo à parte, mas que respeita o seu meio, não fica violento.” Desde que com moderação, numa proporção justa, defende o arquitecto, não é preciso ter medo de unir elementos modernos a características tradicionais. “Estamos sempre à procura de materiais e formas de construção típicas locais para recuperar a tradição, mas adaptando-os à vida contemporânea.”

No rés-do-chão será inaugurado um espaço comercial e, nos andares acima, duas famílias habitarão os novos apartamentos. Um com vista para o mar, o outro para a cidade.

No interior deste edifício, os materiais naturais, como a madeira, provocam uma “sensação de calor”. “É impressionante como os materiais mudam a percepção do espaço. A ideia para este sítio foi incluir madeira e torná-lo acolhedor”, apenas em tons de castanho, branco e cinza, para que parecesse limpo e uniforme.

Andrés Stebelski quis reunir “todas as comodidades de que precisa o mundo contemporâneo”, aliando uma preocupação estética ao conforto térmico e acústico. “Quando faço um projecto, o importante são as necessidades do cliente e a adaptação ao sítio. Não quisemos fazer algo totalmente diferente, sem olhar para o que já estava na Foz do Douro”, diz o arquitecto de 43 anos. “É importante que todas as intervenções em zonas históricas sejam feitas a pensar no meio que as envolve.”

Após quatro anos em reconstrução, a Casa da Foz, fotografada por Ivo Tavares, espera pela chegada de novos habitantes para ganhar, finalmente, nova vida.

Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio
Ivo Tavares Studio