Itália identifica rede neonazi que planeava atentar contra instalações da NATO

Autoridades estão a investigar 12 pessoas que partilhavam mensagens e vídeos anti-semitas nas redes sociais e através de aplicações de mensagens em tempo real.

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A polícia diz que o plano estava a ser coordenado com grupos no estrangeiro Christian Hartmann

As autoridades italianas identificaram uma rede neonazi no país e estão a investigar 12 pessoas que faziam propaganda anti-semita na Internet e planeavam atentar contra instalações da NATO.

A operação, levada a cabo pelo comando especial dos Carabineiros (polícia militarizada italiana), resultou no bloqueio de vários grupos no Facebook e na rede social russa VKontakte e de um outro na aplicação de mensagens WhatsApp, nos quais eram difundidos vídeos e imagens racistas, anti-semitas e negacionistas, segundo um comunicado dos agentes.

Um total de 12 militantes neonazis de entre 26 e 62 anos foram identificados e deverão apresentar-se diariamente às autoridades como medida de coacção, enquanto avança a investigação sobre as suas actividades.

Entre eles está Francesca Rizzi, eleita “Miss Hitler” num concurso russo, e que tem nas costas uma tatuagem de uma suástica com uma águia e foi recentemente acusada de insultar a senadora Liliana Segre, sobrevivente de Auschwitz.

Nas redes sociais, estes grupos chamavam-se Ordem Ario Romano e Judenfreie Liga (Liga Livre de Judeus) e era através deles que os militantes organizavam as suas acções.

Registaram-se casos de instigação à agressão de judeus e imigrantes e também “actividades de planeamento, ainda em fase embrionária”, para causar danos numas instalações da NATO com engenhos explosivos artesanais.

Segundo os Carabineiros, esses engenhos tinham sido feitos “com instruções retiradas da Internet, em colaboração com alguns militantes de grupos estrangeiros semelhantes. 

A investigação contra estes suspeitos, iniciada em 2019, é dirigida pelo Ministério Público de Roma, após buscas efectuadas em todo o país.