Burnout: um tsunami que engole millennials

Pedro dormia uma hora por noite e acordava em pânico, porque tinha de “agarrar logo no trabalho”. Bárbara prolongava o trabalho até de madrugada. André vivia com medo dos comentários depreciativos do chefe. Rui passava quase quatro horas por dia a chorar, “porque não conseguia dar mais”. Os jovens portugueses foram dos que mais sentiram na pele o peso do confinamento: dos 25% da população geral que revelaram sintomas de burnout, 32% pertenciam ao grupo entre os 18 aos 29 anos.

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Bárbara recorda dias que se estendiam até tarde: “Parecia que era às 18h que começavam as minhas oito horas de trabalho" NELSON GARRIDO

“Os meus colegas diziam-me: ‘Pedro, adormeceste outra vez numa reunião online.’ Chegou a um ponto em que eles me contavam o que acontecia, porque já não me acordavam. Às vezes, era uma hora; outras, dez minutos. Chegou uma altura em que adormeci um dia e meio. Quando acordei, e perante a minha surpresa, disseram-me: ‘Estás a dormir desde ontem de manhã.”

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