A agonia de Billy Wilder perante o domínio dos “barbudos”

Foto
Billy Wilder (1906-2002) Jean-Regis Rouston/Roger Viollet via Getty Images

A “confissão”, que Billy Wilder (1906-2002) transformou em anedota, segundo a qual viu A Lista de Schindler, de Spielberg (1993), atravessando com o olhar as personagens principais, ignorando-as como se fossem transparentes, para chegar mais perto dos figurantes lá atrás (procurava o quê Billy Wilder?), foi feita a Volker Schlondorff e recolhida pelo escritor inglês Jonathan Coe durante a pesquisa para o seu Mr. Wilder & Me (2020). Está assinalado nas páginas finais deste romance, na parte que é reservada às notas e agradecimentos, à bibliografia, às fontes utilizadas para os episódios e as citações (reais), como se fosse o revelador genérico final deste  melancólico e burlesco relato que apanha o cineasta Billy Wilder na Europa — Corfu, Paris, Viena — a filmar O Segredo de Fedora (1977). Seria o seu penúltimo filme.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.