Bebé da princesa Beatrice deverá receber um título à nascença
O título não estará relacionado com a família real britânica, mas sim com a linhagem do pai, o conde italiano Edoardo Mapelli Mozzi.
Os títulos da família real britânica têm sido motivo de notícia nos últimos meses. Na entrevista a Oprah aos duques de Sussex, Meghan Markle revelou uma das coisas que mais a magoou na relação com a família real — Archie não receber o título de príncipe, o que significa que não tem direito a segurança paga pelos contribuintes britânicos. Agora, é noticiado que o bebé da princesa Beatrice, que deverá ocupar o 11.º lugar na linha de sucessão ao trono, receberá um título à nascença. No entanto, não há lugar a qualquer escândalo: o título não está relacionado com o Palácio de Buckingham, mas com a família do pai, o conde italiano Edoardo Mapelli Mozzi.
Conde ou nobile donna (italiano para senhora nobre). O título do bebé da princesa Beatrice será um destes, avança a edição britânica da revista Cosmopolitan, recordando que a filha do príncipe André e de Sarah Ferguson tornou-se também condessa após o casamento, em Julho do ano passado. A gravidez foi anunciada no início desta semana pelo Palácio de Buckingham.
Ainda antes do casamento da princesa Beatrice, o sogro, o conde Alessandro Mapelli Mozzi, revelou ao Daily Mail que um futuro bebé receberia também um título: “O Edoardo é o único descendente masculino a levar o nome da família a uma próxima geração. É um conde, a sua mulher será automaticamente uma condessa e os filhos serão condes ou nobile donnas”.
Ao contrário do bebé da princesa Beatrice, o primogénito da irmã Eugenie não recebeu qualquer título. August Philip Hawke Brooksbank, fruto do casamento de Eugenie com Jack Brooksbank, nasceu a 9 de Fevereiro deste ano. Também Archie Mountbatten-Windsor, filho do príncipe Harry e Meghan Markle, não tem qualquer título real. Na altura, julgou-se que a ausência de título era uma decisão dos pais, de forma a poupá-lo aos deveres reais, mas já este ano Meghan mostrou-se profundamente magoada com o facto. Isto porque, segundo a duquesa, as regras terão mudado precisamente quando estava grávida. E, para si, a decisão terá estado relacionada com a cor de pele do então futuro bebé. No entanto, o emagrecimento das contas da família real tem sido exigido pelo público em geral e por governantes.
É que, não recebendo o título de príncipe, Archie não tem direito a uma série de privilégios, nomeadamente à segurança pessoal paga pelo palácio. Aliás, com o afastamento dos deveres reais e a saída do Reino Unido, o casal também perdeu o direito à segurança, o que terá levado aos acordos com a Netflix e o Spotify.
Quem pode ser príncipe?
Nem todos os bisnetos de Isabel II — que já são dez — receberam o título de príncipe. A atribuição do título foi sofrendo alterações ao longo da história. Em 1917, o rei Jorge V — avô de Isabel II — impôs um limite ao número de príncipes, dada a quantidade de descendentes da rainha Vitória (que teve nove filhos). O decreto impunha que apenas os netos do monarca fossem considerados príncipes ou princesas.
A rainha Isabel II não concordava com o decreto de 1917 e emitiu várias alterações ao longo das décadas. Em 2012, a monarca definiu que todos os filhos do príncipe William e de Kate Middleton recebessem o título de príncipe e princesa — depois de George, o mais velho e terceiro na linha de sucessão ao trono, nasceram Charlotte e Louis. Harry e Meghan esperariam que os seus descendentes também recebessem o mesmo título.
No fundo, cabe a cada monarca decidir quem recebe — ou não — o título de príncipe e princesa. Quando o príncipe Carlos se tornar rei, poderá mudar novamente as regras e conceder o título de príncipe ao neto Archie. Todavia, sabe-se que o príncipe de Gales sempre manifestou a vontade de reduzir o número de pessoas que fazem parte da família real. Em 2012, o Daily Mail noticiava que a retirada da protecção real às princesas Beatrice e Eugenie tinha sido influenciada pelo príncipe Carlos e o seu ideal de monarquia mais “encolhida”.