Vão nascer 280 apartamentos em dois novos condomínios na Praça de Espanha

Com a conclusão da obra que mudou a face da Praça de Espanha, em Lisboa, começam a conhecer-se os empreendimentos que serão construídos à sua volta. Para a Avenida dos Combatentes, o Duuo prevê a construção de 280 casas. Para já, vão avançar as primeiras 140.

Foto
Projeto Duuo será construído em duas fases

Depois de um ano e meio de obras que alteraram a circulação rodoviária, traçaram uma ciclovia e estão a finalizar um parque urbano com cerca de cinco hectares, que ligará o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian à nova Praça de Espanha, começam agora a conhecer-se os grandes projectos imobiliários que nascerão à sua volta. Para a Avenida dos Combatentes, em Lisboa, o Duuo prevê a construção de 280 casas. Para já, vão avançar as primeiras 140 com valores entre os 289 mil e próximos dos dois milhões de euros, segundo anunciou Nicolas Goffin, director-geral da Besix Red em Portugal, esta quinta-feira numa conferência online com jornalistas. 

Será um projecto para uma área de 34 mil metros quadrados, dividido em dois condomínios que serão desenvolvidos pela Besix Real Estate Development (Besix Red) e pela Compagnie Du Bois Sauvage, ambas de origem belga. Este é o primeiro projecto residencial dos belgas em Portugal e implicará um investimento de 110 milhões de euros. 

A empresa descreve o Duuo — assim se chamará o empreendimento — como “um conceito de vida premium” na Praça de Espanha. O projecto de arquitectura, que já está aprovado pela Câmara de Lisboa, é da autoria do atelier do arquitecto Nuno Leónidas e os dois edifícios terão a forma de U. Serão nove pisos de apartamentos de várias tipologias, do T1 “mais compacto”, como descreveu Goffin, a T4 “muito espaçosos”, em que a luz natural e as varandas amplas serão privilegiadas. “A covid-19 acelerou a vontade de ter este tipo de espaços”, observou. 

Foto

Quem para ali for morar terá ainda acesso a uma piscina exterior rodeada por um jardim, a ginásio, uma sala polivalente onde poderá trabalhar e organizar eventos privados e um armazém de bicicletas. Haverá ainda 420 lugares de estacionamento subterrâneo. “Vai ser um novo bairro muito agradável para viver num futuro próximo”, considerou Nicolas Goffin. 

Este “conceito de vida premium” poderá também adequar-se ao preço, uma vez que os valores das casas deverão ir dos 289 mil euros para os T1 mais pequenos (cerca de 51 metros quadrados) e chegar quase aos dois milhões para as penthouses que ficarão nos últimos andares e que terão alguma exclusividade: uma piscina privada na cobertura com vista para o Parque Florestal de Monsanto.

Apesar dos preços elevados, o director-geral da Besix Red em Portugal garante que, até agora, na pré-venda, “a maioria dos compradores são portugueses”. “Os resultados estão a superar as expectativas”, disse.

As obras da primeira fase devem arrancar no final de Setembro e terminar no último trimestre de 2023, ficando prontos a habitar 140 apartamentos. Se tudo correr como o previsto, a segunda fase deve iniciar-se no Verão do próximo ano e terminar no final de 2024. 

Fotogaleria

A empresa, subsidiária do Grupo Besix — que foi responsável pela construção do prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa no Dubai — tem mais um projecto a ser desenhado para Lisboa. Será na zona oriental da cidade e concentrará escritórios, apartamentos e comércio e está ainda na fase de elaboração do projecto de arquitectura. No entanto, a empresa está também à procura de oportunidades de investimento no Grande Porto. “Estamos cá para ficar, para fazer grandes operações”, assumiu Goffin. 

Sugerir correcção
Ler 2 comentários