Cher celebra esta quinta-feira 75 anos. E, na véspera do seu aniversário, foi a artista que presenteou os fãs com a revelação, no Twitter, de que está em produção um filme em torno da sua vida, com o selo da Universal Pictures, em que estarão envolvidos os produtores de Mamma Mia! e o argumentista de Forrest Gump, Eric Roth. Não é a primeira história da sua vida ao longo da carreira, já contada em livro e noutras produções documentais.
Ok Universal is Doing Biopic With My Friends JUDY CRAYMER,GARY GOETZMAN PRODUCING.
— Cher (@cher) May 19, 2021
THEYY PRODUCED
BOTH MAMMA MIA’S,&
MY DEAR DEAR Friend 4 YRS, & OSCAR WINNER..ERIC ROTH IS GOING 2 WRITE IT??????
FORREST GUMP
A STAR IS BORN
SUSPECT
TO NAME A FEW OF IS FILMS
Para muitos uma deusa da pop, Cher, nascida a 20 de Maio de 1946, chegou à ribalta na década de 1960, ao lado de Sonny Bono, na altura seu marido e com quem esteve casada seis anos, na popular dupla Sonny & Cher. Os dois estiveram por detrás de sucessos como I Got you Babe ou Baby don’t go, tendo-se destacado também através do programa humorístico e musical The Sonny & Cher Comedy Hour, da CBS.
Mas foi a partir do divórcio dos dois, em 1965, que a carreira da cantora levantou voo. Êxitos como Bang bang (my baby shot me down) — ainda escrita para ela por Sonny —, Gypsys, Tramps & thieves, Half-breed ou Dark lady levaram o seu nome a todos os cantos do mundo.
Como se não bastasse, a norte-americana — Cherilyn Sarkisian de seu nome, de pai refugiado arménio e mãe que mesclava ascendências (irlandesa, inglesa, alemã, cherokee) — conquistou ainda os corações do público como actriz, tendo arrecadado, nos 80, uma nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária por Reacção em Cadeia, de Mike Nichols a partir do argumento de Nora Ephron e Alice Arlen, em que contracenou com Meryl Streep. Máscara (1985), As Bruxas de Eastwick e A Minha Mãe é uma Sereia foram outros dos sucessos do grande ecrã em que participou, tendo com o primeiro conquistado a Palma de Ouro em Cannes. E o Óscar acabou por chegar, em 1988, e logo de melhor actriz por O Feitiço da Lua, ao lado de Nicholas Cage.
Desde então, Cher continua a somar distinções. Na década seguinte, estreou-se como realizadora no telefilme Perseguidas, da HBO, e lançou a música Believe, talvez a mais popular da sua carreira e pela qual recebeu um Grammy. Já a Living Proof: The Farewell Tour, que realizou durante os anos 2000, pôs o seu nome no Guinness World Records, por ser a mais lucrativa da história encabeçada por uma mulher.
Ainda hoje a cantora continua a dar que falar. Recentemente, lançou o álbum Dancing Queen (2018), depois da sua aparição no filme Mamma Mia! Here We Go Again, que promoveu através de uma tour mundial, a primeira desde Living Proof: The Farewell Tour. Em Abril deste ano, viu estrear o documentário Cher & the Loneliest Elephant, em que lidera uma equipa de resgate para salvar um elefante de quatro toneladas no meio da pandemia, uma causa social que soma a tantas outras a que se juntou, como a defesa dos direitos dos militares, o combate à pobreza e o apoio a crianças doentes.
Cher tornou-se um ícone mundial pelos seus muitos talentos e pelo seu activismo, nomeadamente na defesa dos direitos LGBT+, que lhe valeu vários prémios e a coroa de diva gay. Além disso, destaca-se pela forma irreverente como conduz a sua vida.
Conhecida pelas suas roupas reveladoras e namorados mais novos, contou há uns anos que, perante um homem que a abordou dizendo “Não acha que é demasiado velha para andar a correr pelo palco assim... A cantar rock & roll?”, respondeu “Não sei... Por que não pergunta ao Mick Jagger?”, numa clara referência à diferença de tratamento entre mulheres e homens na indústria do entretenimento.
Quanto a plásticas, não há relatórios oficiais. Mas basta olhar para a transformação da cantora ao longo dos anos. E para as fotos actuais de como se apresenta aos 75, sem esconder o corpo, sem vergonhas e, claro, sem sentir necessidade de dar explicações a ninguém. Afinal, já há muito atingiu o estatuto de rainha. Não é em vão que uma das suas canções mais tocadas se chama If I could turn back time, que é como quem diz Ó tempo volta p'ra trás...
Texto editado por Carla B. Ribeiro