Julgamento da morte de George Floyd já tem veredicto
A decisão sobre se o ex-polícia Derek Chauvin é ou não culpado da morte de Floyd vai ser anunciada entre as 21h30 e as 22h desta terça-feira.
Os 12 jurados do julgamento da morte de George Floyd chegaram a um veredicto esta terça-feira sobre as três acusações contra o ex-polícia Derek Chauvin, ao fim de dez horas de deliberações. O veredicto – culpado ou não culpado, de uma ou mais acusações – vai ser anunciado entre as 21h30 e as 22h desta terça-feira (hora em Portugal continental, mais seis horas do que em Mineápolis).
Derek Chauvin, o ex-polícia que pressionou o pescoço de George Floyd com um joelho durante nove minutos, a 25 de Maio de 2020, durante uma detenção por tentativa de compra de cigarros com uma nota de 20 dólares falsa, foi despedido no dia seguinte e levado a tribunal por três acusações de homicídio: uma por matar Floyd sem intenção, mas como consequência de lhe provocar danos corporais graves; outra por matar Floyd, também sem intenção, mas como consequência de o expor a uma situação de perigo iminente; e uma terceira por agir de forma negligente e causar a morte de Floyd.
A acusação mais grave – a primeira – pode ditar uma pena máxima de 40 anos de prisão, embora o mais habitual, nos casos em que não há antecedentes, seja uma pena a rondar os 15 anos de prisão.
Os jurados reuniram-se pela primeira vez na segunda-feira, durante quatro horas, para começarem a deliberar sobre as acusações, ao fim de três semanas de julgamento. Depois de terem interrompido a primeira sessão, às 20h de segunda-feira (hora local), os jurados recomeçaram a discutir o caso às 8h desta terça-feira (hora local).
Nas últimas três semanas, o tribunal do estado norte-americano do Minnesota onde o ex-polícia Derek Chauvin esteve a ser julgado foi também o epicentro de um renovado debate sobre a violência policial e o racismo nos EUA, nascido dos protestos do Verão passado.
Na segunda-feira, no dia em que o processo entrou na última fase com o início das deliberações dos jurados, era indisfarçável a sensação de que a cidade de Mineápolis – e o resto do país – está à beira de assistir a um momento histórico que pode ser decisivo para o futuro das relações raciais nos EUA.