Holmes Place cria programa de reabilitação para quem teve covid-19

Dores musculares, perda de força, fadiga e restrição pulmonar são alguns dos efeitos prolongados que se verificam em quem foi infectado. Programa criado pela cadeia de ginásios custa 269 euros mensais.

Foto
ANASTASE MARAGOS/UNSPLASH

Os ginásios Holmes Place têm um novo programa direccionado aos tempos de pandemia que se vivem. O Programa Reabilitação Covid-19 foi desenhado a pensar nas necessidades daqueles que ficaram com sequelas derivadas da infecção pelo coronavírus.

A iniciativa engloba três áreas: fisioterapia, nutrição e personal training. De acordo com os resultados de uma avaliação inicial com um fisioterapeuta e de uma consulta com um nutricionista, será definido o plano de acompanhamento e quais das três áreas serão necessárias para a reabilitação da pessoa, sendo o treino o único âmbito universal a todos os utentes. Cada indivíduo terá direito a um acompanhamento semanal e será feita uma reavaliação mensal. Todo o processo é seguido por Thordis Berger, directora médica do Holmes Place.

O objectivo do programa é combater alguns dos efeitos prolongados que por vezes se encontram em pessoas que tiveram covid-19, como dores musculares, perda de força, fadiga e restrição pulmonar. A sua duração varia de acordo com as necessidades de cada utente, mas tem uma extensão mínima de três meses para que seja possível verificar uma evolução. Com um custo de 269 euros mensais, inclui acesso a todos os serviços e clubes do Holmes Place.

Devido à pandemia, a Organização Mundial da Saúde lançou em Novembro do ano passado novas directrizes sobre a actividade física e o comportamento sedentário. De acordo com a OMS, poderiam ser evitadas até cinco milhões de mortes por ano globalmente se as populações fossem mais activas. Os dados mostram que, a nível mundial, um em quatro adultos e quatro em cinco adolescentes não praticam actividade física suficiente, o que se traduz num custo de cerca de 46 mil milhões de euros em assistência médica e cerca de 12 mil milhões de euros em perda de produtividade.


Texto editado por Bárbara Wong

Sugerir correcção
Ler 2 comentários