A história do actor William Shatner, da saga Star Trek, vai sobreviver à sua morte, graças à Inteligência Artificial

Shatner, que fez 90 anos na segunda-feira, passou mais de 45 horas, ao longo de cinco dias, a gravar respostas para serem usadas num vídeo interactivo.

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Reuters/Suzanne Plunkett

O actor William Shatner, mais conhecido por abrir novas fronteiras na série de televisão Star Trek, aproveitou a nova tecnologia que dará às gerações actuais e futuras a oportunidade de fazer-lhe perguntas sobre a sua vida, família e carreira.

Shatner, que fez 90 anos na segunda-feira, passou mais de 45 horas, ao longo de cinco dias, a gravar respostas para serem usadas num vídeo interactivo criado pela empresa StoryFile, de Los Angeles, EUA.

A partir de Maio, todos os interessados podem usar os seus telemóveis ou computadores ligados à Internet podem fazer perguntas a Shatner, a inteligência artificial examina as transcrições das respostas que o actor deixou e dar a melhor resposta, explica Stephen Smith, co-fundador da StoryFile.

Os fãs podem até ser capazes de transportar Shatner para as suas salas, no futuro, continua Smith, já que Shatner foi filmado com câmaras 3-D que permitirão que as suas respostas sejam entregues por meio de um holograma.

Shatner, que interpretou o capitão Kirk em Star Trek de 1966 a 1969 e numa série posterior de filmes da mesma saga, respondeu a 650 perguntas sobre tópicos das melhores e piores partes do trabalho no clássico programa de ficção científica até onde ele cresceu e o sentido da vida.

O actor canadiano disse que queria revelar o “mais intimamente possível” a sua história e deixá-la para a família e outras pessoas. “Este é um legado”, declara Shatner. “É como o que deixariamos aos nossos filhos, o que escreveríamos na nossa lápide, as possibilidades são infinitas.”