Governo disponível para discutir reabertura de bares e discotecas
O sector pede medidas de ajuda após um ano de inactividade, exigindo medidas que permitam a reabertura dos bares e discotecas em Agosto.
A Associação Nacional de Discotecas (AND) disse esta terça-feira que o Governo mostrou disponibilidade para aumentar os apoios ao sector e discutir a reabertura dos espaços de diversão nocturna, encerrados desde Março de 2020 devido à pandemia.
Segundo a AND, estas garantias foram dadas pelo secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, no decorrer de uma reunião em Lisboa com a associação sobre o plano de desconfinamento, no âmbito da pandemia da covid-19. A agência Lusa tentou obter um comentário por parte do Ministério da Economia, mas tal não foi possível.
“Vemos com bons olhos todas as ideias que o que o secretário João Torres nos apresentou. Ficou uma porta aberta para a discussão sobre as reaberturas junto da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e a ADN quer participar”, adiantou à agência Lusa o presidente da AND, José Gouveia.
Apesar da disponibilidade da tutela para, através da DGS, discutir, “de forma célere”, um plano de reabertura, José Gouveia ressalvou que não foi adiantado qualquer prazo.
“Desde já vamos ser indicados para discussão e aquilo que se pretende é estarmos presentes e podermos mostrar com casos reais o que se pode ou não fazer e o que é exequível para este sector poder reabrir as suas portas. Este sector não pode arriscar ficar mais um ano nestas discussões. É uma discussão que tem de ser feita”, apontou.
Para a AND, existem condições para que os bares e espaços ao ar livre possam reabrir as portas já em Julho e as discotecas, com espaço indoor, o possam fazer em Agosto.
“Nós acreditamos que não podemos estar a pensar em discotecas abertas no seu esplendor, até às 6h ou com pistas de dança a funcionar, mas podemos pensar em discotecas com lugares sentados, música e serviço de bebidas”, exemplificou.
Por outro lado, segundo José Gouveia, o Governo comprometeu-se a majorar os apoios ao sector, nomeadamente no apoio das rendas, que será feito nas próximas semanas, e agilização de candidaturas que estão à espera de serem aprovadas.
“Dizer que saímos satisfeitos com os apoios não é possível porque qualquer tipo de apoio será sempre insuficiente, mas como um é melhor do que zero, sem dúvida nenhuma”, acrescentou.