Coronavírus

Não, não são fios de esparguete: são máscaras vistas ao microscópio

Reuters
Fotogaleria
Reuters

Algodão, poliéster ou viscose, os tecidos das máscaras sociais de protecção contra o coronavírus são variados e servem um propósito comum: tentar evitar a propagação do vírus. De forma a entender o mecanismo de acção das máscaras, foi preciso dissecá-las, ou seja, vê-las bem de perto, a 250 micrómetros, com recurso a um microscópio electrónico de varrimento. O objectivo de investigadores do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, é tentar compreender como é que diferentes tecidos filtram partículas, e o que faz com que alguns filtrem melhor do que outros.

Desde o início da pandemia que se verificaram várias campanhas de associações ambientalistas sobre o impacto das máscaras descartáveis na natureza. Máscaras cirúrgicas atiradas para o chão estão destinadas a acabar no mar e nos rios, e, consequentemente, nas praias, revelando-se um grave problema ambiental.

Ainda que, com a maioria da população mundial em casa, se tenha observado uma descida drástica dos níveis de poluição atmosférica, um outro problema ambiental nasceu: o aumento do lixo proveniente de equipamentos de protecção individual contra a covid-19. Levando 300 a 400 anos a degradar-se, as máscaras descartáveis, de polipropileno, são, muitas vezes, substituídas por máscaras reutilizáveis de tecido, fabricadas pela indústria têxtil.

Nesta galeria de fotos de máscaras de tecido, partindo da lente do microscópio, as fibras de poliéster assemelham-se a fios de esparguete. As fibras de algodão parecem mais desorganizadas, contrastando com a consistência das de poliéster.

A viscose apresenta fibras hidrofílicas e uma forma transversal consistente, mas os investigadores consideram os tecidos de algodão mais eficazes a filtrar partículas. Ainda que as máscaras cirúrgicas tenham maior capacidade de protecção, na competição das máscaras de tecido o algodão parece levar o prémio. Estas são imagens captadas por cientistas do NIST que, por agora, ainda estão a investigar pequenos detalhes sobre o funcionamento das máscaras de tecido no combate à propagação da covid-19.

Texto editado por Ana Maria Henriques

Reuters
Reuters
Reuters
Reuters
Reuters
Reuters
Reuters