Mulheres trans do Panamá podem conquistar galardão de Miss Universo

O Panamá junta-se assim a um pequeno, mas crescente número de países que aceitam concorrentes trans nos seus concursos de beleza nacionais, ao lado da Espanha, Canadá e Nepal.

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Coroação da segunda mulher negra numa competição da Miss Universo, em 2019, a modelo sul-africana Zozibini Tunzi LUSA/BRANDEN CAMP

As mulheres transgénero poderão, a partir deste ano, competir no concurso nacional de beleza do Panamá, avançou a organização do evento, nesta segunda-feira. O concurso chama-se Señorita Panamá e, anualmente, a sua vencedora vai ao concurso internacional Miss Universo.

A organização anunciou que as mulheres transexuais que tenham concluido os processos legais e médicos podem competir. “Seguindo os fundamentos dos acordos com o Miss Universo, anunciamos que a partir de 2021, as mulheres legalmente reconhecidas serão oficialmente permitidas e a porta está aberta para as mulheres trans”, disse a organização em comunicado de imprensa.

O concurso Miss Universo, que vai para o ar em mais de 190 países e tem milhares de milhões de telespectadores, suspendeu a proibição de participantes transgénero em 2012, mas só seis anos depois, em 2018, é que a primeira mulher transgénero chegou à competição, a espanhola Angela Ponce.

O Panamá junta-se assim a um pequeno, mas crescente número de países que aceitam concorrentes trans nos seus concursos de beleza nacionais, ao lado da Espanha, Canadá e Nepal. Em 2018, a primeira vencedora indígena do Señorita Panamá, Rosa Montezuma, competiu no Miss Universo, mas não se qualificou.