Depois do confinamento, na Suíça os miúdos vão poder voltar a cantar
Em Dezembro, a Suíça proibiu o canto para evitar a disseminação do coronavírus. Agora, o Governo além das actividades para as crianças e jovens também planeia reabrir lojas, museus e bibliotecas e permitir encontros ao ar livre de até 15 pessoas.
Os jovens suíços poderão voltar a cantar a partir da próxima segunda-feira, anunciou o Governo nesta quarta-feira, ao anunciar a primeira fase de um desconfinamento cauteloso. Consciente do impacto do confinamento e do distanciamento social na saúde psicológica dos jovens, o Executivo avançou que vai permitir o retomar das actividades desportivas e culturais para menores de 20 anos. Assim, os coros podem voltar a treinar e até a realizar eventos, embora sem público.
Em Dezembro, a Suíça proibiu o canto para evitar a disseminação do coronavírus. Agora, o Governo além das actividades para as crianças e jovens também planeia reabrir lojas, museus e bibliotecas e permitir encontros ao ar livre de até 15 pessoas. “Estamos convencidos de que uma abertura não é apenas razoável, mas também desejável e importante”, explicou o ministro da Saúde, Alain Berset, em conferência de imprensa, em Berna.
À medida que os países vizinhos assumem uma posição mais dura, o Executivo tenta caminhar na corda bamba política entre especialistas em saúde que apoiam medidas mais rígidas e empresas em dificuldades que pedem a reabertura da economia à medida que o número de infecções diminui. “A frustração é compreensível. Todos nós queremos regressar a uma vida normal o mais rápido possível”, declarou o Presidente da República, Guy Parmelin, acrescentando que o Governo também precisa manter a situação do vírus sob controlo.
As autoridades de saúde relataram mais de 552.000 casos e mais de 9200 mortes na Suíça e no vizinho Liechtenstein desde que a pandemia começou em Fevereiro de 2020. As escolas e muitos teleféricos estão abertos, mas restaurantes e locais culturais permanecem fechados. A próxima fase de reabertura está prevista para 22 de Março, se a evolução da pandemia o permitir, disse o Governo.