Arquitectura
A ArchDaily gostou da alma do Corpo Atelier: é um dos Jovens Escritórios de Arquitectura de 2020
O atelier de arquitectura e arte fundado por Filipe Paixão e sediado em Faro é o único escritório português na lista seleccionada por uma das principais publicações online dedicadas a notícias, concursos e projectos de arquitectura.
Esta não está a ser uma semana má no Corpo Atelier. O escritório de arquitectura e arte sediado em Faro vai avançar com dois projectos na cidade algarvia, um deles particularmente pessoal para Filipe Paixão. “Finalmente”, acrescenta o arquitecto, numa mistura de alívio com satisfação. A outra boa notícia é que o atelier que fundou é um dos melhores Jovens Escritórios de Arquitectura de 2020, para a ArchDaily. “Na verdade, a semana está a correr-nos muito bem”, graceja.
É a primeira vez que uma das maiores publicações online dedicadas a notícias, concursos e projectos de arquitectura destaca “escritórios e profissionais emergentes que mostram abordagens, propostas e soluções inovadoras para alguns dos maiores desafios da actualidade”.
O Corpo Atelier, de que também fazem parte as arquitectas Laura Correia e Laura Bação, é o único português na lista de 20 escritórios seleccionados a partir de 350 inscritos, de 215 cidades. A ArchDaily gostou do prédio com rochas nas varandas, que aparece numa das fotografias desta fotogaleria, e de três habitações construídas ao redor de um pátio. Em 2017, o P3 gostou da casa introvertida Entre Dois Muros Brancos, protegida de olhares curiosos em Vilamoura.
Mas além do resultado final e da obra edificada, o processo de investigação característico do arquitecto “desde que era estudante” também pesou na escolha. “É um processo de combinação, de junção de muitos elementos, palavras, também, que têm uma dimensão conceptual muito forte. Recorre a uma dimensão poética que muitas vezes se materializa com desenhos e colagens que permitem experienciar e recriar outras formas de compor espaço”, analisa Andreia Garcia, arquitecta que convidou o Corpo Atelier para uma residência/exposição na Galeria de Arquitectura e, um ano depois, desafiou-os a projectar cidade a cem anos, no Mês da Arquitectura da Maia.
Fundado na Primavera de 2014 para “reflectir como se pode trabalhar na arquitectura”, o Corpo Atelier continua a investigar diferentes ferramentas no processo, diz Filipe Paixão, “até que algo bom, verdadeiro ou belo possa ser encontrado”.