MotoGP: GNR afasta “mirones” bloqueando acessos ao Autódromo do Algarve

Patrulhas de moto, a cavalo e cinotécnicas vigiam e controlam caminhos de terra batida. O Grande Prémio de Portugal não terá adeptos nas proximidades do circuito.

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Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Desta vez, os “mirones” das provas motorizadas não tiveram sorte e vão mesmo ter de acompanhar à distância o Grande Prémio de Portugal, em motociclismo. Pelos cerros em redor do Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, a GNR montou, com reforços adicionais, um dispositivo policial destinado a prevenir eventuais tentativas de furar as medidas de segurança impostas pela condição do estado de emergência. 

Patrulhas a cavalo, de moto e com cães circulam pelos caminhos de terra batida, procurando dissuadir e bloquear os acessos secundários ao autódromo. Com o mesmo objectivo, a Brigada de Trânsito cortou os itinerários principais, uma vez que não foi permitida a presença de público nas bancadas.

Questionado pelo PÚBLICO antes do início da prova de Moto3, nesta manhã, o porta-voz da GNR, capitão Humberto Galego, limitou-se a afirmar que foram “destacados os meios necessários para garantir a segurança, condicionada pelas actuais circunstâncias”. Isto porque Portimão é um dos concelhos nos quais foi imposto o recolher obrigatório a partir das 13h00.

A confusão que se verificou durante a realização do Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1 – violação de normas da Direcção-Geral da Saúde, dentro e fora do autódromo obrigou agora as entidades responsáveis a colocarem um travão nas eventuais tentativas de contornar a proibição de espectadores no circuito.

De resto, nem os convidados VIP tiveram direito a estar presentes - apenas os pilotos, o staff das equipas e da organização do evento tiveram acesso ao recinto. Desta forma, procurou-se evitar que muitos adeptos acorressem aos morros situados nas imediações do autódromo para tentar espreitar a corrida à distância.

Ao nível da Protecção Civil, o comandante Vaz Pinto disse ao PÚBLICO que existe um “helicóptero de prevenção, mas que até ao momento não foi necessário” utilizar para apoiar as forças de segurança, nas acções de controlo e vigilância. 

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