Ímpar
Quinze artistas criam "Árvores Solidárias" para ajudar o Hospital de Santo António
O projecto está em exposição na Alfândega do Porto. As árvores-cabide vão ser leiloadas para ajudar a decorar o Centro Materno Infantil do hospital, no Porto.
Com o objectivo de ajudar o Centro Materno Infantil do Hospital Santo António, no Porto, 15 artistas juntaram-se para criar árvores-cabide — objecto de decoração que é também utilitário — que estão agora em exposição e que serão leiloadas no final deste mês de Outubro.
O projecto chama-se "Árvore Solidária" e chega ao público através da Antarte, empresa que produz peças de mobiliário. Numa ideia com o cunho de José Ramos Horta, prémio Nobel da Paz, 15 figuras de diferentes vertentes do mundo das artes criaram 15 árvores-cabide que estão presentes desde Setembro numa exposição de entrada gratuita na Alfândega do Porto.
A lista de criadores é composta por Bordallo Pinheiro, Chakall, Custódio Almeida, Francisco Laranjo, Guilherme Mampuya, Isa Silva, Joana Vasconcelos, Katty Xiomara, Kruella D’Enfer, Manuel Casal Aguiar, Mr. Dheo, Paula Marques, Paulo Neves, Pedro Guimarães e Zulmiro Carvalho.
No final da exposição, as criações vão ser leiloadas e a totalidade do dinheiro angariado vai servir para ajudar a decorar o Centro Materno Infantil do Hospital Santo António do Porto.
A escolha das árvores-cabide foi propositada, já que este ano se celebram os 15 anos da produção da peça característica da Antarte. “Era importante usar esta peça não só por estar a celebrar 15 anos de existência, mas também porque representa precisamente a vida e o futuro. São momentos difíceis que as famílias vivem naqueles espaços, pelo que queremos com esta iniciativa ajudar a tornar as estadias um pouco mais leves com espaços mais humanizados e parecidos com os seus lares, ajudando assim na sua recuperação”, refere Mário Rocha, CEO da empresa, em comunicado.
Para Paulo Barbosa, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP) “é muito importante do ponto de vista físico e psicológico para os doentes e famílias sentirem que estes espaços foram criados a pensar no seu bem-estar, e que lhes dê conforto e transmitam energia positiva”.
Já o padrinho da iniciativa, José Ramos Horta, afirma no comunicado que este “é um projeto nobre e ao qual não poderia ficar indiferente”. E continua: “Apoiar as crianças e famílias em fases difíceis é uma grande responsabilidade, mas, para a qual estou e estarei sempre disponível.”