Do fascismo à pandemia: a Amadora pela lente de Alfredo Cunha

©Alfredo Cunha
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No ano em que a Amadora comemora os seus 40 anos de existência, o Metropolitano de Lisboa expõe, na estação Amadora Este, mais de 50 fotografias que Alfredo Cunha realizou entre 1970 e 2020 nas ruas da cidade

As imagens, que já se encontram em exposição no interior e exterior da estação — e que integram o fotolivro A Cidade que não existia —, retratam o desenvolvimento do subúrbio lisboeta que cresceu assente "em promessas de industrialização feitas por um regime moribundo", escreveu Luís Pedro Nunes nas páginas do fotolivro que Cunha editou em parceria com o município. Descrevem um lugar onde desaguaram "humanos em busca de uma vida melhor" que acabaram "a morar em barracas junto a um fio de água", sob a sombra do regime de Oliveira Salazar.

Nas imagens estão patentes as convulsões e evoluções políticas e sociais do país funcionando a Amadora como um espelho de Portugal desde a época do fascismo até ao presente, período marcado pela pandemia de covid-19. A exposição, que tem curadoria de Teo Pitella, estará patente entre os dias 11 de Setembro e 15 de Novembro.

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